Apesar do aumento da taxa de desemprego, que ficou em 6,2% em mar�o ante 5,7% em fevereiro, a desocupa��o m�dia no primeiro trimestre de 2012 ainda est� menor do que a registrada no mesmo per�odo de 2011, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). De acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), neste ano, a taxa m�dia de desemprego nos tr�s primeiros meses do ano foi de 5,8%, enquanto no mesmo per�odo do ano passado o �ndice m�dio foi de 6,3%.
"O aumento na taxa � explicado no primeiro trimestre por fatores sazonais, pela dispensa de trabalhadores tempor�rios que costuma ocorrer at� depois do carnaval", disse Cimar Azeredo, gerente da Coordena��o de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Em S�o Paulo, que representa cerca de 40% da for�a de trabalho ocupada no Pa�s, a taxa m�dia de desocupa��o caiu de 6,5% no primeiro trimestre de 2011 para 6,0% no mesmo per�odo de 2012.
Tamb�m houve recuo nas regi�es metropolitanas do Recife (de 7,5% no primeiro trimestre de 2011 para 5,7% no primeiro trimestre de 2012), Salvador (de 10,5% para 8,1%), Belo Horizonte (de 5,6% para 4,8%) e Porto Alegre (de 4,5% para 4,4%).
No entanto, no Rio de Janeiro houve um aumento na desocupa��o: a taxa m�dia passou de 5,0% no primeiro trimestre de 2011 para 5 7% no mesmo per�odo de 2012.
Desemprego em mar�o
"O aumento da desocupa��o no total das seis regi�es metropolitanas � consequ�ncia, principalmente, do avan�o (do desemprego) em mar�o no Recife e em Porto Alegre. Mas, na s�rie hist�rica, h� tend�ncia de aumento na popula��o ocupada no conjunto das regi�es metropolitanas", diz Azeredo.
A taxa de desemprego no Recife passou de 5,1% em fevereiro para 6,2% em mar�o, enquanto a de Porto Alegre saiu de 4,1% para 5,2% no mesmo per�odo, exercendo as maiores influ�ncias para a m�dia nacional (que passou de 5,7% para 6,2%). Em Salvador, a taxa saiu de 7,8% para 8,1%; em Belo Horizonte, de 4,7% para 5,1%; no Rio de Janeiro, de 5,7% para 5,9%; e, em S�o Paulo, de 6,1% para 6,5%.
Renda
Segundo ele, o aumento do sal�rio m�nimo e a dispensa de trabalhadores tempor�rios impulsionaram a renda do trabalhador para um n�vel recorde em mar�o.
O rendimento m�dio do trabalhador ocupado foi de R$ 1.728,40, ap�s ter alcan�ado R$ 1.701,13 em fevereiro. O aumento foi de 1 6%, j� descontando as press�es inflacion�rias. Em mar�o do ano passado, a renda m�dia tinha sido de R$ 1.637,38.
"O aumento do rendimento pode ser resultado da dispensa de trabalhadores tempor�rios, que tradicionalmente recebem menos do que os efetivados", lembrou Azeredo.
O aumento na renda foi especialmente maior em mar�o ante fevereiro para os ocupados sem carteira assinada e para aqueles que trabalham por conta pr�pria, para quem o reajuste do sal�rio m�nimo tem um efeito defasado.
Como resultado do aumento do n�mero de ocupados e do rendimento, a massa de sal�rios paga aos trabalhadores tamb�m foi recorde: R$ 39,4 bilh�es em mar�o.
"Embora tenha tido uma redu��o do mercado de trabalho com a dispensa dos tempor�rios, voc� tem ainda a resposta dos trabalhadores formais. As vagas formais permanecem. E o aumento do rendimento mostra os trabalhadores com um poder de compra maior", afirmou o gerente do IBGE.