O desaquecimento do fim do ano passado, principalmente no segundo semestre, persiste no setor de constru��o, segundo dados da Sondagem Ind�stria da Constru��o divulgada hoje e realizada pela Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI) em parceria com a C�mara Brasileira da Ind�stria e Constru��o (CBIC). O gerente executivo da Unidade de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, afirma que o setor est� "fraco". "A constru��o deve se recuperar no meio do ano, mas o ritmo est� abaixo do esperado pelos empres�rios", diz.
Os dados da sondagem mostraram que o n�vel de atividade ficou em 51,5 pontos, ante os 49,4 registrados em fevereiro. Danilo Garcia, economista da CNI, ressalta que a pontua��o maior ainda n�o pode ser considerada a revers�o que se espera para o setor. Segundo ele, apesar de a atividade ter crescido em rela��o a fevereiro, o n�vel de atividade efetivo encontra-se abaixo do usual para mar�o. Esse indicador registrou 48,5 pontos no m�s passado, menos que os 49,1 contabilizados no mesmo m�s em 2011.
Tanto as pequenas quanto as m�dias empresas apresentaram o indicador do n�vel de atividade em rela��o ao usual abaixo de 50 o que denota poucas mudan�as na tend�ncia da ind�stria da constru��o. De acordo com o relat�rio, entre os principais problemas enfrentados pelos empres�rios est� a falta de trabalhadores qualificados, a elevada carga tribut�ria, o alto custo da m�o de obra e as taxas de juros elevadas. Outro agravante para o cen�rio � o aumento da dificuldade de acesso ao cr�dito, sobretudo entre as empresas de pequeno e m�dio porte e o aumento dos custos com mat�ria-prima.
Para os pr�ximos seis meses, os empres�rios ainda est�o otimistas: os indicadores de expectativas (n�vel de atividade, novos empreendimentos e servi�os, compras de insumos e mat�rias-primas e evolu��o do n�mero de empregados) continuam substancialmente acima dos 50 pontos. Renato da Fonseca salienta que esse sentimento est� menos disseminado que nos �ltimos dois anos, mas que n�o se pode comparar a fotografia do momento com a situa��o vivida em 2010, como muitos empres�rios costumam fazer. "Aquele foi um ano at�pico, de expectativas alt�ssimas, e 2011 tamb�m come�ou bem. Mas n�o se pode comparar uma coisa com a outra, estamos vivendo outro momento".
De acordo com a CNI, os indicadores variam de 0 a 100 e, acima dos 50 pontos, podem representar aumento na atividade, atividade acima do usual e expectativa positiva. A Sondagem Ind�stria da Constru��o foi feita entre os dias 2 e 17 de abril com representantes de 437 empresas (155 de pequeno porte, 173 m�dias e 109 grandes).