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Estado de Minas 1� DE MAIO

Chances maiores de emprego est�o no varejo

Vagas na �rea de servi�os tamb�m devem predominar nos pr�ximos 10 anos. Energia, TI e minera��o s�o destaques.


postado em 01/05/2012 07:02 / atualizado em 01/05/2012 07:15

Vaneza da Silva quer garantir seu emprego como atendente de lanchonete e sonha estudar Medicina(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
Vaneza da Silva quer garantir seu emprego como atendente de lanchonete e sonha estudar Medicina (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)


Especialistas do mercado de trabalho estimam que, na pr�xima d�cada, a cria��o de vagas no pa�s deve consolidar o mapa de hoje, no qual o com�rcio e servi�os ficam com mais de 50% das oportunidades de trabalho, seguidos pela ind�stria e agricultura. A cria��o de vagas deve se intensificar em setores como o de energias limpas, tecnologia da informa��o (TI) e tamb�m na ind�stria extrativa mineral. Depois do boom experimentado nos �ltimos anos, analistas apostam em uma estabilidade da constru��o civil e apontam que o emprego deve avan�ar em profiss�es que na lista do vestibular s�o tradicionais, mas despertam pouca competi��o, como os cursos de licenciatura.

Al�m disso, at� 2020 deve ganhar for�a o chamado setor dois e meio, localizado entre o p�blico e o privado. “Esse setor re�ne as Organiza��es n�o governamentais (ONGs), Organiza��es da Sociedade Civil de Interesse P�blico (Oscips), entidades que lidam com neg�cios ambientais”, explica o professor do Ibmec-BH, Jo�o Bonomo. Entre as ind�strias (setor secund�rio), com�rcio e servi�os (setor terci�rio), o novo segmento promete crescer trabalhando com neg�cios sociais, mas com fins lucrativos. Segundo o especialista, apesar do crescimento de �reas como petr�leo e g�s, empurradas pelo Pr�-sal, a grande escalada do mercado de trabalho deve se consolidar no setor de servi�os. “� o mesmo movimento j� experimentado nos pa�ses do chamado G-7 (grupo que re�ne as maiores economias mundiais)”, diz Bonomo.

Com o crescimento da renda da popula��o brasileira, especialistas s�o otimistas quanto a forma��o de um novo perfil de trabalhador, que estar� mais bem educado ao t�rmino da pr�xima d�cada. � medida que avan�a a renda das fam�lias, a educa��o tamb�m ganha for�a, abrindo perspectivas para um novo – e ao mesmo tempo antigo – leque de profiss�es: pedagogos, professores de matem�tica, geografia, portugu�s, devem ver crescer as oportunidades de emprego. “� medida que as fam�lias ganham renda, elas investem nos filhos, que s�o mais educados que os pais, e, com isso, t�m mais oportunidades”, diz Jo�o Andrade, coordenador do curso de Tecnologia em Gest�o de RH do Centro Universit�rio Newton Paiva.

Pesquisa do Departamento Intersindical de Estat�stica e Estudos Socioecon�micos (Dieese) aponta que um ano a mais de estudo, independentemente do n�vel de escolaridade do trabalhador, gera um retorno que corresponde � majora��o entre 5% e 6% do sal�rio recebido em rela��o ao pares. Outro dado importante � que entre os empregadores e especialistas do setor de recursos humanos a palavra de ordem se torna qualifica��o. O t�o propagado apag�o da m�o de obra est� ligado tamb�m � qualifica��o. “Da base at� cargos administrativos existe um d�ficit muito grande na qualifica��o”, comenta Sara Rios, consultora de Recursos Humanos da Lead Empresarial. Para ela, independentemente do segmento, quem conseguir responder primeiro a esse item vai chegar mais rapidamente � vaga.

Atenta �s oportunidades e com um plano de carreira em mente, Vaneza Aparecida da Silva, de 17 anos, est� na batalha pelo primeiro emprego. Ela foi buscar ajuda no Sistema Nacional de Emprego (Sine) e est� confiante. Na sexta-feira, ela fez sua carteira de trabalho e, logo depois, se candidatou a uma vaga para atendente de lanchonete. A vaga pode ser pequena, mas o sonho � grande. Para dar in�cio ao prop�sito de estudar medicina, ela quer trabalhar, mas sem deixar os livros de lado. Assim, ela acredita que ter� a chance de chegar ao ensino superior. “A minha vontade � ir conseguindo empregos melhores, estudar mais e atuar na �rea da sa�de, sem depender da minha fam�lia”, comenta a Vaneza, que vive com a m�e, o pai e dois irm�os, no Bairro Padre J�lio Maria, na Regi�o Norte de Belo Horizonte.

Estudo � fundamental

O presidente do Conselho de Rela��es do Trabalho da Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Osmani Teixeira de Abreu, afirma que o trabalhador deve se atentar �s necessidades b�sicas e aos pr�-requisitos exigidos pela empresa. Para ele, o principal ponto a ser atendido pelo trabalhador deve ser o da escolaridade. “Hoje, infelizmente, o trabalhador que arrumava qualquer emprego mesmo sem ter estudado n�o tem mais essa chance porque qualquer ind�stria ou empresa exige forma��o”, garante.

Abreu lembra ainda que, com a automatiza��o industrial e a implanta��o de m�quinas cada vez mais modernas, h� tamb�m a necessidade de que o trabalhador tenha forma��o t�cnica para que as fun��es sejam desempenhadas com conhecimentos voltados para as �reas de atua��o. “Al�m da forma��o, � preciso que todos entendam o quanto o estudo permanente � importante para fazer carreira e subir na empresa. Sem conhecimento, � muito dif�cil conseguir uma boa coloca��o no mercado”, refor�a.

Minas ocupa lugar de destaque na demanda por trabalhadores. Segundo o secret�rio de Trabalho e Emprego de Minas Gerais, Carlos Pimenta, a meta � fazer com que 12% de todas as vagas ofertadas no Brasil ocorram no estado. (CM)


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