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Estado de Minas

Formada em sua maioria por pequenos dep�sitos, poupan�a vira foco da pol�tica monet�ria


postado em 03/05/2012 18:23 / atualizado em 03/05/2012 19:25

A auxiliar de cozinha Maria Joaquina de Oliveira, de 50 anos, reserva todo m�s uma quantia fixa de seus rendimentos para poupar. O seu sonho, al�m de pagar os estudos dos filhos, � comprar sua casa pr�pria com o dinheiro economizado. "Eu fiz a minha poupan�a no ano de 1990 e sempre que posso, deposito. Costumo colocar de R$ 50 a R $60. Eu deixo esse dinheiro guardado porque quero pagar a faculdade dos meus filhos e eu tenho o sonho de comprar a minha casa pr�pria com a ajuda da poupan�a", relata.

A caderneta de poupan�a onde dona Maria Joaquina deposita, todos os meses, de R$ 50 a R$ 60, nem parecia estar envolvida em um debate sobre a pol�tica monet�ria e a forma como o governo financia os seus gastos.

Outra investidora, a servidora p�blica Maria Valdete, de 40 anos, aplica na caderneta de poupan�a h� mais de oito anos e faz suas economias para garantir os estudos dos filhos no futuro. "Eu tenho essa caderneta de poupan�a j� tem uns oito anos. Aplico cerca de R$ 50 todo m�s porque quero garantir a faculdade dos meus filhos daqui mais uns anos", conta. Enquanto isso, na Esplanada dos Minist�rios, o assunto passou a ser o assunto do dia na �rea econ�mica.

Com mais de 150 anos de exist�ncia, a poupan�a � um investimento simples e acess�vel. Segundo dados do Banco Central (BC), no final de 2011, quase 98 milh�es de brasileiros tinham cadernetas de poupan�a. No dia 25 de abril, o saldo dos dep�sitos estava em R$ 431,228 bilh�es. No m�s passado, at� o dia 25, os dep�sitos superavam as retiradas em R$ 91,8 milh�es.



Outro relat�rio do BC mostra que a maioria dos dep�sitos em poupan�a � de pequenos valores. Em 2011, 52,34% eram depositantes (51,288 milh�es) de at� R$ 100. Dep�sitos de R$ 100,01 a R$ 500 representavam 13,46% do total e de R$ 500,01 a R$ 1 mil, eram 6,65%. Dep�sitos com valores acima de R$ 1 milh�o vinham de 7.118 depositantes ou 0,007% do total de brasileiros que t�m caderneta de poupan�a, que s�o 97,984 milh�es. Apesar de representar um percentual pequeno do total, o n�mero de aplicadores milion�rios subiu de 187,01%, de 2006 (2.480) para 2011.

A poupan�a paga taxa de 0,5% ao m�s mais a taxa referencial (TR), calculada pelo BC. O dinheiro precisa ficar aplicado por um m�s para receber a remunera��o e n�o h� cobran�a de impostos, nem de taxa de administra��o.

O investimento entrou na discuss�o sobre pol�tica monet�ria – controle da moeda em circula��o e das taxas de juros – quando a taxa b�sica de juros, a Selic, passou a ser reduzida pelo BC. � que os fundos de renda fixa t�m remunera��o ligada � taxa Selic, o principal instrumento de pol�tica monet�ria.

Esses fundos s�o formados por t�tulos p�blicos utilizados pelo governo na rolagem da d�vida. Ou seja, o governo se financia com as aplica��es dos investidores. Com a queda da Selic, um fundo de investimento, a depender da taxa de administra��o cobrada pela institui��o financeira, pode pagar menos do que a caderneta. O governo, portanto, teme a migra��o dos investidores dos fundos de renda fixa para a poupan�a com uma Selic menor. Assim, para que o BC tenha mais espa�o para cortar a taxa Selic, sem reduzir a demanda por t�tulos p�blicos, seria necess�rio fazer mudan�as na remunera��o da poupan�a.


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