Os gregos foram �s urnas neste domingo no que est� sendo considerada uma elei��o nacional hist�rica que poder� definir o destino do tumultuado programa de reformas da Gr�cia e, em �ltima inst�ncia, o futuro do pa�s na zona do euro.
Com a Gr�cia j� no seu quinto ano de recess�o, a expectativa � que os eleitores punam os dois principais partidos - o socialista Pasok e o conservador Nova Democracia -, considerados respons�veis pela grave situa��o econ�mica e financeira do pa�s.
As duas agremia��es, que dominaram a pol�tica na Gr�cia pela maior parte das �ltimas quatro d�cadas e que hoje governam numa fr�gil coaliz�o, lutam para conquistar mais da metade das 300 cadeiras do Parlamento grego. Seus opositores da extrema esquerda e da direita, que incluem marxistas-leninistas e ultranacionalistas contr�rios � imigra��o, s�o fortes cr�ticos do programa de austeridade do pa�s.
Como esta elei��o tem dez partidos com chances de obter o m�nimo de 3% de votos para conquistar assentos, a Gr�cia poder� eleger hoje o Parlamento mais fragmentado desde a restaura��o da democracia e da queda da junta militar, em 1974. Essa possibilidade, por sua vez, alimenta temores de que o pr�ximo governo tenha dificuldades de implementar as reformas e o programa de austeridade exigidos pelos credores europeus e internacionais da Gr�cia para manterem a ajuda financeira ao pa�s.
Refletindo estas preocupa��es, o l�der do Partido Socialista, Evangelos Venizelos - at� recentemente, ministro das Finan�as - pediu aos eleitores que deixem de lado a frustra��o com os partidos governistas e votem com "bom senso".
A elei��o de hoje � a primeira desde o in�cio da crise econ�mica da Gr�cia, no fim de 2009, e depois de o pa�s receber dois pacotes de ajuda de seus parceiros europeus e do Fundo Monet�rio Internacional (FMI) para evitar uma sa�da grega desordenada da zona do euro.