O Brasil � um exemplo bem-sucedido de ado��o de pol�ticas tanto macroprudenciais quanto monet�rias com o objetivo de buscar estabilidade financeira e macroecon�mica. A opini�o � do representante do Departamento de Hemisf�rio Ocidental do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), David Vergara.
"No caso do Brasil, podemos dizer que o uso de ambas as pol�ticas foi o que fortaleceu os efeitos na economia", disse Vergara, durante o XIV Semin�rio de Metas para a Infla��o, promovido pelo Banco Central, no Rio.
Vergara lembrou que os pa�ses emergentes utilizaram as medidas macroprudenciais de forma mais intensa do que outros pa�ses ap�s a crise. Mas alertou que ainda � dif�cil monitorar riscos sist�micos � economia e avaliar quando agir para evit�-los. "Qu�o confi�vel � o kit de ferramentas atuais para avaliar o risco sist�mico? Nada se mostrou confi�vel, pelo menos n�o no n�vel que desejamos", disse.
Na avalia��o de Stephen Cecchetti, economista do Banco de Compensa��es Internacionais (BIS), as pol�ticas macroprudenciais podem n�o ter a pot�ncia necess�ria. "As pol�ticas macroprudenciais s�o dif�ceis de desenhar e implementar. As perspectivas de sucesso s�o dif�ceis de serem controladas pelo Banco Central", declarou. "S�o instrumentos praticamente iguais aos microprudenciais, mas com o objetivo de reduzir impactos das individualidades que surjam no sistema. � importante n�o usar o termo para fazermos o que quisermos fazer, com a desculpa de proteger o sistema. Essa � a minha preocupa��o".
Cecchetti defendeu que a estabilidade financeira requer uma pol�tica monet�ria sim�trica, uma pol�tica fiscal sustent�vel e uma pol�tica regulat�ria rigorosa e bem desenhada.