Os cerca de seis mil trabalhadores da Volvo, instalada na Cidade Industrial de Curitiba, entraram em greve por tempo indeterminado na manh� desta ter�a-feira ap�s recusarem proposta da empresa para a Participa��o nos Lucros e Resultados (PLR) e reajuste salarial. O Sindicato dos Metal�rgicos da Grande Curitiba aguardava contato da dire��o da Volvo com nova proposta para ser submetida aos trabalhadores em assembleia a ser realizada na manh� de quarta-feira (16).
A fabricante de �nibus, caminh�es, motores, cabines e caixas de c�mbio havia repetido a proposta apresentada na semana passada que prev� PLR de R$ 15 mil, abono de R$ 6 mil e aumento salarial real de 2,51%, que se incorporaria � corre��o pelo �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor (INPC).
"Lamentamos a atitude da Volvo em manter a mesma proposta do ano passado", disse o presidente do sindicato, Sergio Butka. "N�s queremos o caminho do di�logo, mas a Volvo continua irredut�vel e opta pela dire��o contr�ria."
No ano passado, a PLR de R$ 15 mil foi bastante comemorada ap�s tr�s dias de paralisa��o, pois era a maior j� conseguida pela categoria no Brasil. Para este ano, os trabalhadores pedem que seja de, no m�nimo, R$ 18 mil. Em rela��o aos outros itens - abono, reajuste salarial e vale-mercado - o sindicato prefere que a discuss�o seja transferida para a data-base em setembro.
Em nota, a Volvo informou que "se frustrou" com a decreta��o de greve e recusa da proposta de PLR, "tradicionalmente o melhor e mais arrojado de toda a ind�stria automobil�stica". "A proposta de R$ 18 mil de PLR que est� sendo imposta pela entidade � fora da realidade de mercado", afirmou.
Ela disse que se disp�s a conversar, mas refor�ou que a oferta m�nima feita pela montadora "j� seria excelente, equilibrada e economicamente coerente". Se for levada em considera��o apenas a PLR e o abono, a empresa sustentou que os trabalhadores com menores vencimentos receberiam o equivalente a mais 12,3 sal�rios anuais.
De acordo com o sindicato, a Volvo do Brasil deixa de produzir oito �nibus, 40 caminh�es leves e 68 caminh�es pesados por dia. A produ��o � destinada ao mercado nacional e exportada para o Chile e M�xico. Para embasar as reivindica��es, o sindicato apresentou os dados da pr�pria empresa, segundo os quais, no ano passado foram entregues no mercado mundial 115.345 caminh�es, um aumento de 53% comparado com 2010. No Brasil, foram entregues 20.806 caminh�es, evolu��o de 29% em rela��o ao ano anterior.