O atual movimento de redu��o da taxa b�sica de juros (Selic) pelo Banco Central n�o deve gerar press�o inflacion�ria no curto prazo, avalia o Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea). Um estudo que ser� divulgado na quinta-feira pela institui��o em Bras�lia sustenta que, em momentos de desacelera��o da economia, a queda dos juros n�o gera impactos imediatos na infla��o.
"O momento de fazer cair a taxa de juros � o momento de desacelera��o (do crescimento da economia)", disse a diretora de Estudos e Pol�ticas Macroecon�micas do Ipea, Vanessa Petrelli, durante entrevista � imprensa para divulga��o da Carta de Conjuntura de maio, na sede do instituto no Rio. Segundo ela, em rela��o ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), os impactos de juros mais baixos tamb�m seriam menos significativos.
O Ipea estima para 2012 uma taxa de infla��o entre 4,3% e 5,3%, com o IPCA (indicador da infla��o oficial) convergindo para o centro da meta, de 4,5%. A principal contribui��o para isso vem da redu��o das cota��es do etanol e das commodities n�o energ�ticas, como alimentos, insumos industriais e mat�rias-primas brutas da agricultura.
Al�m disso, com a estagna��o da produ��o industrial nos �ltimos anos, a ociosidade de parte da capacidade minimizaria os riscos de press�o de pre�os em um momento de retomada do ritmo de crescimento.
Embora avalie como positivos o atual ciclo de queda da Selic e as a��es do governo para reduzir as expectativas futuras de juros, como as mudan�as feitas na poupan�a, o coordenador do Grupo de An�lise e Previs�es do Ipea, Roberto Messemberg, descr� que sejam suficientes para que a economia brasileira deixe de dar "voos de galinha".
Ele afirma que o governo deveria aumentar seus gastos com investimento e induzir o investimento privado, por meio de Parcerias P�blico-Privadas (PPPs), concess�es e privatiza��es.