A Federa��o do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo do Estado de S�o Paulo (FecomercioSP) divulgou ontem (16) nota � imprensa em que pede a revoga��o das medidas adotadas pelo governo para conter a valoriza��o do real. "Para o bem do ambiente brasileiro de neg�cios e a continuidade dos interc�mbios comerciais, a FecomercioSP entende que o 'arsenal' de medidas do governo para conter o c�mbio deva ser desmobilizado", afirma a nota.
Segundo o assessor econ�mico da entidade, F�bio Pina, a eleva��o da taxa de c�mbio para pr�ximo de R$ 2 � uma marca que chama a aten��o da sociedade, mas n�o � o que motivou a entidade a se manifestar sobre o tema. "Os R$ 2 s�o uma marca na qual todo mundo presta aten��o, mas esse alerta era uma coisa de que j� se falava. A gente sabe que, se o c�mbio voltar pra R$ 2,50 ou R$ 3 00, o governo vai ter de elevar os juros", afirmou. Nesta quarta-feira, a moeda norte-americana fechou cotada a R$ 2,0010, com alta de 0,05%.
A entidade alega que a intensifica��o da crise europeia e o in�cio da recupera��o da atividade dos Estados Unidos dever�o prorrogar o ciclo de valoriza��o do d�lar frente ao real. "A federa��o vislumbrava novos momentos de tens�o na Europa e sabia que isso seria suficiente pra fazer com que o c�mbio se desvalorizasse. Ent�o para que se antecipar ao mercado criando uma s�rie de ru�dos?", disse Pina, informando, no entanto, desconhecer alguma tentativa da entidade de apresentar formalmente ao governo as reivindica��es da entidade.
O assessor econ�mico reiterou que a entidade j� criticava o governo por conta das medidas adotadas. "A FecomercioSP j� vinha alertando o governo, por exemplo, que mexer no Imposto Sobre Opera��es Financeiras (IOF) para conter o c�mbio n�o era o caminho porque o mercado passa a deixar de funcionar livremente."
Na nota, a federa��o defendeu a revoga��o da mudan�a no prazo de empr�stimos estrangeiros isentos do pagamento da al�quota de 6% do Imposto Sobre Opera��es Financeiras (IOF), que passou de tr�s para cinco anos. Al�m disso, a entidade criticou a alta em 30 pontos porcentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros importados de fora do Mercosul e o aumento do IOF sobre as compras feitas com cart�o de cr�dito no exterior, de 2,38% para 6,38%.
De acordo com a nota, o fim das medidas compensaria, em parte, as altas de custos dos produtos e de capta��o de recursos provocadas pelo novo posicionamento do c�mbio.