Mesmo com a desacelara��o do crescimento econ�mico local e com a ado��o de medidas para incentivar o mercado interno em detrimento do externo, a China deve seguir como o principal parceiro comercial do Brasil em 2012, afirmou nesta quinta-feira o ministro das Rela��es Exteriores, Antonio Patriota. "A previs�o � de que pode crescer em at� US$ 90 bilh�es o fluxo comercial nos dois sentidos (entre Brasil e China), com previs�o de super�vit para o Brasil", disse o ministro em sabatina realizada pelo Grupo Folha na capital paulista.
Patriota voltou a defender que a China amplie o leque de importa��es de produtos brasileiros e que a pauta comercial entre ambos os pa�ses seja "mais qualitativa e menos quantitativa". "A China aceita esse debate e superar essa pauta de exporta��o concentrada em poucos produtos n�o � f�cil. Tem a ver ainda com a competitividade da ind�stria brasileira", afirmou o ministro, que considerou "positiva" para o setor exportador a recente valoriza��o do d�lar.
O ministro citou o crescimento da economia norte-americana e o avan�o das exporta��es brasileiras para os Estados Unidos. No entanto, Patriota avaliou que a economia chinesa deve superar a norte-americana, o que "mudar� a din�mica internacional", na avalia��o dele. "Alguns americanos veem isso como uma amea�a � hegemonia dos Estados Unidos", observou.
O ministro garantiu que as rela��es entre Brasil e Estados Unidos n�o mudar�o caso o virtual candidato republicano � presid�ncia Mitt Romney derrote o atual presidente, Barack Obama nas elei��es locais. "A rela��o Brasil-Estados Unidos adquiriu altura de cruzeiro, que se sustentar� qualquer seja o candidato vitorioso. � uma rela��o madura que n�o retroceder�", disse.