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Estado de Minas

Aumento de renda pode comprometer expans�o econ�mica


postado em 22/05/2012 06:00 / atualizado em 22/05/2012 07:15

O ingresso dos brasileiros de menor poder aquisitivo no mercado consumidor dever� levar a um aumento expressivo da demanda pelos servi�os p�blicos no Brasil nos pr�ximos cinco anos, a menos que o pa�s sofra novo rev�s nas perspectivas de crescimento. Mantido o ritmo atual de velocidade da chamada mobilidade social – a ascens�o das classes sociais menos favorecidas –, o consumo de energia el�trica poder� crescer quase 35% at� 2016, o de �gua, 13,7% e a coleta de res�duos s�lidos, 28,2%. Os cen�rios foram tra�ados num longo estudo feito pelo engenheiro civil David Montero Dias, como parte da tese de doutorado, defendida na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em abril, que aborda o impacto da renda domiciliar sobre as demandas desses servi�os p�blicos nos centros urbanos.

O trabalho, iniciado h� quatro anos, � um alerta para a necessidade de que os volumes de investimentos das concession�rias p�blicas atendam a evolu��o do consumo, sob pena de o crescimento econ�mico ficar comprometido. Dois ambientes adicionais foram tra�ados por David Montero, um deles otimista e outro de retra��o econ�mica. Nas melhores proje��es, considerando um Brasil pr�ximo do avan�o das classes sociais em pa�ses desenvolvidos como a Alemanha e a Fran�a, a eleva��o da demanda de energia seria de 64,4% nos pr�ximos cinco anos e de �gua, de 23,8%.

Mais importante do que os cen�rios sugeridos de expans�o da demanda pelos servi�os p�blicos, o autor da tese, que � analista de planejamento e especialista em an�lise de sistemas, desenvolveu um modelo de c�lculos para orientar gestores p�bicos na defini��o de investimentos nos sistemas de distribui��o. “A proposta foi criar uma ferramenta que oferece no��es sobre o grau de investimento necess�rio para os centros urbanos suportarem a demanda futura por esses servi�os essenciais”, afirma o engenheiro da UFMG.


David Montero trabalhou com informa��es das �reas operacionais das concession�rias – em Minas a Cemig e a Copasa –, que foram cruzadas com dados de evolu��o dos rendimentos produzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). A tese foi defendida dentro do programa de p�s-gradua��o em saneamento, meio ambiente e recursos h�dricos da Escola de Engenharia da UFMG, sob orienta��o dos professores Carlos Barreira Martinez e Marcelo Lib�nio, do Departamento de Engenharia Hidr�ulica e Recursos H�dricos da universidade.

Alternativas Pedro Galdi, analista chefe da SLW Corretora, diz que n�o h� d�vida sobre um cen�rio de expans�o da demanda de energia el�trica no Brasil, que, na sua avalia��o, ter� de explorar as fontes da gera��o e�lica (a partir do vento) e as termel�tricas. “N�o h� espa�o mais para as grandes hidrel�tricas. As concession�rias v�o experimentar taxas de crescimento forte e ter�o de investir para atend�-las”, afirma. A Cemig informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que est� trabalhando com uma proje��o de aumento do consumo de energia residencial entre 7% e 16% para os pr�ximos cinco anos.

A Empresa de Pesquisa Energ�tica (EPE) divulgou recentemente proje��es de crescimento do consumo de energia el�trica de 4,5% ao ano nos pr�ximos 10 anos. Para Ros�ngela Ribeiro, analista de investimentos da consultoria Fundamental Assessoria, � fact�vel um crescimento de at� 25% do consumo at� 2016. Quanto � demanda de �gua, ela concorda com previs�es de 13% para o per�odo analisado.

No setor el�trico, o principal sinal, no entanto, para que as grandes geradoras continuem investindo para atender esse crescimento ainda n�o chegou: a legisla��o que vai reger os novos contratos de concess�o, na qual o governo federal trabalha h� tr�s anos. Boa parte das atuais concess�es, inclusive a da Cemig, vence em 2015.“Essa demora dificulta at� mesmo a capta��o de recursos para novos investimentos”, afirma Ros�ngela Ribeiro. Pedro Galdi, da SLW, concorda. A lei ter� de prever as condi��es dos novos contratos e dela tamb�m sair�o as diretrizes capazes de interferir na evolu��o dos pre�os da energia para o consumidor.


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