O ministro da Fazenda, Guido Mantega, destacou que um dos objetivos das medidas anunciadas ontem pelo governo � evitar demiss�es no setor produtivo. Al�m disso, o intuito � estimular a economia que enfrenta baixo crescimento ante a crise financeira internacional. As mudan�as beneficiam a ind�stria automobil�stica.
“O setor n�o demitiu at� agora, mas j� amea�ava dar f�rias coletivas. Para evitar que isso acontecesse decidimos adotar medidas”, disse o ministro que participa de audi�ncia p�blica na Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE) do Senado para explicar as novas regras de c�lculo da poupan�a. As medidas est�o na Medida Provis�ria 567.
Ontem, Mantega anunciou a redu��o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a compra de ve�culos e do Imposto sobre Opera��es Financeiras (IOF) em qualquer tipo de opera��o de cr�dito � pessoa f�sica. O ministro j� admite que a economia n�o ir� crescer 4,5% em 2012, como defendia at� pouco tempo.
Uma das medidas procura beneficiar o setor automotivo e quem pretende comprar carro novo com a redu��o do IPI. As al�quotas caem de 11% para 6% (carros at� 1.000 cilindradas); de 11% para 6,5% (de 1.000 a 2.000 cilindradas); e de 4% para 1% (utilit�rios). A desonera��o para o setor vigorar� at� 31 de agosto e provocar� ren�ncia de R$ 1,2 bilh�o para os cofres federais.
O governo espera ainda que os autom�veis tenham desconto no pre�o de tabela, que pode chegar a 2,5%. Os bancos, p�blicos e privados, prometeram aumentar o volume de cr�dito, o n�mero de parcelas e, tamb�m, reduzir o valor da entrada para a aquisi��o do carro novo. Outra novidade � que o Banco Central passar� a liberar at� R$ 18 bilh�es em dep�sitos compuls�rios (dinheiro que os bancos s�o obrigados a recolher � autoridade monet�ria) para aumentar os recursos para o financiamento dos autom�veis.
Tamb�m foi anunciada a redu��o do IOF, de 2,5% para 1,5% ao ano, para todos os tipos de opera��o de cr�dito � pessoa f�sica, da mesma maneira que vigorava no in�cio de 2011. A redu��o n�o tem prazo para acabar e o governo federal deixar� de arrecadar R$ 900 milh�es em tr�s meses com essa medida.