A avers�o generalizada ao risco pode levar a Bovespa � menor pontua��o do ano, abaixo dos 54 mil pontos, nesta quarta-feira. A tens�o no exterior foi realimentada pela redu��o das expectativas em rela��o ao encontro de c�pula e jantar informal dos chefes de governo dos pa�ses da Uni�o Europeia (UE), em meio � posi��o contr�ria da Alemanha ao lan�amento de eurob�nus e a declara��es confusas do ex-primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, sobre a sa�da do pa�s da zona do euro. Por volta das 10h05, o Ibovespa ca�a 0,49%, aos 54.767,84 pontos.
No mesmo hor�rio, em Nova York, o futuro do S&P 500 cedia 0,44% e o do Nasdaq 100 futuro perdia 0,48%. Na Europa, os principais �ndices de a��es tamb�m ca�am forte: Paris, -1,67%, Frankfurt, -1,30% e Madri, -1,92%.
Segundo um operador da mesa de renda vari�vel de uma corretora paulista, o nervosismo pode levar o Ibovespa a buscar nesta quarta-feira o pr�ximo suporte, situado no intervalo entre os 54 mil e os 53,8 mil pontos. "Se perder este �ltimo n�vel, pode testar os 52.500 pontos", disse, ressaltando que a Bolsa brasileira deve operar em linha com o exterior, � espera de uma sinaliza��o da reuni�o de l�deres da UE para uma sa�da da crise de d�vida do bloco.
O economista e s�cio da �rama Investimentos, Alvaro Bandeira, n�o acredita em acordo definitivo no encontro que come�a �s 14 horas (hor�rio de Bras�lia), em Bruxelas. Mas tamb�m n�o descarta um resultado positivo da negocia��o. "Depende principalmente de conseguirem dobrar a Angela Merkel (chanceler alem�) sobre os eurob�nus e da discuss�o sobre a ado��o de pol�ticas de afrouxamento quantitativo", diz, acrescentando que, na aus�ncia de um consenso, a tend�ncia para os ativos de risco � de queda.
Nesta quarta-feira, a Alemanha reafirmou ser contr�ria � ideia de lan�amento de t�tulos soberanos comuns da zona do euro (eurob�nus), que contribuiriam para minimizar as restri��es de financiamento de v�rios pa�ses da regi�o. H� a expectativa de que o assunto seja discutido na reuni�o de l�deres europeus, mas permanecem d�vidas sobre uma eventual flexibiliza��o alem� quanto � busca pela austeridade. Segundo o ministro das Finan�as alem�o, Wolfgang Sch�uble, lan�ar tais pap�is significaria "dar incentivos completamente errados" para solucionar a crise da d�vida soberana da Europa.
Vale lembrar que o presidente da Fran�a, Fran�ois Hollande, � favor�vel aos eurob�nus e � discuss�o de meios para estimular o crescimento econ�mico do bloco. "Merkel ficou praticamente sozinha", ressalta o mesmo operador do mercado
Al�m disso, pesam sobre os mercados internacionais declara��es do ex-primeiro-ministro grego Lucas Papademos. Ontem, ele admitiu a possibilidade de a Gr�cia deixar a zona do euro, ao afirmar que governos e institui��es da Europa estariam preparando planos de conting�ncia caso isso ocorresse. Mais tarde, Papademos quis esclarecer, em entrevista, que desconhece preparativos para a exclus�o da Gr�cia da regi�o, cen�rio que considera de materializa��o improv�vel, renovando incertezas.
Nos Estados Unidos, diante da avers�o, h� d�vidas sobre a rea��o aos indicadores econ�micos a serem divulgados nesta quarta-feira. �s 11 horas, saem dados sobre as vendas de im�veis novos, com previs�es de alta de 2,1% em abril, ap�s o tombo de mar�o (-7,1%). No mesmo hor�rio, tamb�m ser� divulgado o �ndice de pre�os de moradias nos EUA em mar�o. �s 11h30, ser�o divulgados n�meros sobre os estoques semanais de petr�leo, que devem mostrar alta do �leo cru, de 500 mil barris.