As inc�gnitas sobre a sa�de da economia alem� foram alimentadas nesta quinta-feira com a publica��o do �ndice de confian�a dos empres�rios, que manchou as boas cifras de crescimento no primeiro trimestre e trouxe incertezas quanto a resist�ncia do pa�s em uma zona do euro sob press�o.
As expectativas das empresas alem�s, medidas pelo �ndice Ifo, ca�ram em maio pela primeira vez nos �ltimos sete meses, passando de 109,9 para 106,9 pontos, revelou nesta quinta-feira o Instituto de Economia de Munique.
De acordo com o levantamento, os empres�rios alem�es consideraram tanto a situa��o atual como as perspectivas para o pr�ximo semestre mais desfavor�veis do que no m�s passado, o que, segundo especialistas, foi influenciado pelo aumento da inseguran�a na zona do euro nos �ltimos meses.
Apesar de a queda ter sido esperada, o recuo foi maior que o previsto, dizem especialistas. As aproximadamente 7.000 empresas que responderam � sondagem do Ifo rebaixaram n�o s� suas notas para a situa��o econ�mica atual, mas tamb�m sua confian�a nas perspectivas para os pr�ximos seis meses.
"As empresas julgam o futuro com pessimismo. A economia alem� est� sofrendo com o aumento das incertezas que pesam sobre a zona do euro", disse em um comunicado Hans-Werner Sinn, o presidente do instituto Ifo, que analisa o entorno econ�mico no pa�s.
Outros economistas compartilham da mesma opini�o e Annalisa Piazza, da Newedge, considera inclusive que o recuo da confian�a � um sinal de p�nico dos empres�rios ante as inc�gnitas na Europa. "A reativa��o da crise na zona do euro, junto das elei��es gregas, parece ter afetado novamente a economia real alem� e p�e fim a um per�odo de resist�ncia", explica o economista Christian Schulz, do banco privado Berenberg.
"Ao mesmo tempo, � preciso levar em conta que o �ndice do entorno para fazer neg�cios na Alemanha partia de um n�vel muito elevado", disse Ken Wattret, do BNP Paribas. As d�vidas sobre a economia alem� tamb�m aumentaram com a publica��o nesta quinta-feira do �ndice PMI (Gerente de Compras) da atividade no setor privado, que em maio registrou um ligeiro recuo, o primeiro desde novembro e o segundo dos �ltimos 34 meses.
O PMI, do instituto Markit, caiu para 45,0 este m�s ante 46,2 em abril, ficando assim abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contra��o da atividade. No conjunto, a zona do euro, o PMI se contraiu muito e chegou a seu n�vel mais baixo desde junho de 2009.
Na quarta-feira, o Bundesbank, Banco Central da Alemanha, considerou "muito preocupante" a evolu��o da Gr�cia e descartou a amplia��o da ajuda financeira ao pa�s, no relat�rio mensal publicado nesta quarta-feira. Caso a Gr�cia n�o cumpra os objetivos de reformas, "teria que suportar as consequ�ncias", advertiu o Bundesbank. Neste caso, "os desafios para a Alemanha e a Eurozona seriam consequentes, mas super�veis", destaca o relat�rio.