Dados preliminares do Banco Central (BC) mostram que a queda das taxas de juros manteve o ritmo neste m�s. At� 14 de maio, a taxa m�dia do cr�dito para empresas e pessoas f�sicas caiu para 33,7% ao ano, redu��o de 1,6 ponto percentual em rela��o a abril. Se esse patamar se confirmar no fechamento do m�s, ser� o mais baixo j� registrado pelo BC, que foi 33,8% ao ano em dezembro de 2007.
No caso das empresas, a taxa m�dia anual caiu 0,9 ponto percentual, para 25,4% ao ano. Para pessoas f�sicas, a redu��o foi 2 pontos percentuais, para 40,1% ao ano.
Essa queda nos juros � decorrente da redu��o do spread, diferen�a entre a taxa de capta��o e a cobrada de quem pega empr�stimo, que caiu 1,1 ponto percentual na compara��o entre abril e o dado preliminar de maio. Para pessoas f�sicas, a redu��o foi 1,4 ponto percentual e, para as empresas, 0,6 ponto percentual.
Os cortes feitos pelo BC na taxa b�sica de juros, a Selic, que serve de refer�ncia para as demais taxas, tamb�m se refletem no custo dos financiamentos. Agora, os bancos est�o repassando esses cortes para as taxas cobradas dos clientes. Atualmente a Selic est� em 9% ao ano.
O chefe do Departamento Econ�mico do BC, Tulio Maciel, disse que o BC n�o via quedas mensais t�o expressivas das taxas de juros e de spread desde 2009, com exce��o de per�odos de greve banc�ria. Segundo explicou, quando o sistema banc�rio para por for�a de movimentos grevistas, as pessoas tomam cr�dito pr�-aprovado com taxas mais altas e, quando o sistema volta a operar normalmente, os juros m�dios caem porque h� acesso a opera��es com custos menores. “Fora isso, vimos redu��es significativas mensais no in�cio de 2009, naquela conjuntura de crise [econ�mica internacional]”, disse.
Na avalia��o de Maciel, o cr�dito mais barato vai contribuir para a redu��o da inadimpl�ncia. “Nossa expectativa � que isso [inadimpl�ncia] venha a se acomodar e arrefecer � frente”. Mas ressalvou que o BC est� atendo ao “patamar relativamente alto” da inadimpl�ncia.
Os dados divulgados hoje mostram que as d�vidas n�o pagas das fam�lias voltaram a aumentar em abril. De mar�o para o m�s passado, a taxa de inadimpl�ncia teve alta de 0,2 ponto percentual, para 7,6%, atingindo o mesmo n�vel do in�cio do ano. Esse patamar � o maior desde dezembro de 2009, quando ficou em 7,7%. O BC considera inadimpl�ncia o percentual do saldo com atraso superior a 90 dias. No caso das empresas, a inadimpl�ncia ficou est�vel, em 4,1%.