Depois de fechar o preg�o de quarta-feira no menor n�vel do ano, � natural que a Bovespa busque uma recomposi��o t�cnica nesta quinta-feira, �ltimo preg�o de maio. Ainda assim, o movimento, inspirado pela tentativa de melhora no exterior, encontra barreiras nos dados econ�micos dos EUA previstos para o dia. Os n�meros sobre emprego e PIB no pa�s, j� anunciados, ainda n�o provocaram maiores rea��es, principalmente no exterior, e apenas agu�aram a volatilidade. Da mesma forma, por aqui, o Copom em linha com o previsto e n�meros desanimadores da atividade industrial brasileira n�o trazem efeitos favor�veis. �s 10h05, o Ibovespa subia 0,33%, aos 53.975 pontos, na m�xima. Por�m, �s 10h10, o �ndice � vista invertia a dire��o e ca�a 0,11%, aos 53.740 pontos, na m�nima.
"O al�vio de fim de m�s n�o deve durar muito", comentou, em relat�rio distribu�do nesta manh�, a Scotia Corretora, prevendo a efemeridade de uma eventual recupera��o dos neg�cios com risco nesta quinta-feira. Dessa forma, maio deve confirmar a "estigma" de o pior desempenho para o m�s dos anos 2000 - � frente apenas de maio de 1998 - e a desvaloriza��o mais acentuada desde outubro de 2008.
Para o analista da Cruzeiro do Sul Corretora, se ao menos os n�meros do mercado de trabalho norte-americano e do PIB dos EUA viessem dentro das expectativas m�dias, "estaria pronto o panorama necess�rio para reduzir parte da volatilidade atualmente presente no mercado financeiro".
Mas, n�o foi bem o que aconteceu. A despeito de a primeira revis�o dos n�meros do PIB dos EUA no primeiro trimestre deste ano terem vindo em linha com o esperado, reduzindo a expans�o inicialmente anunciada de 2,2% para 1,9%, agora, os n�meros sobre o mercado de trabalho norte-americano voltaram a decepcionar.
O setor privado do pa�s criou 133 mil postos de trabalho em maio ante abril, abaixo da previs�o de abertura de 150 mil vagas. A pesquisa da ADP/MA � considerada um term�metro do relat�rio oficial do mercado de trabalho nos EUA (payroll), que sai amanh�. J� os pedidos semanais de aux�lio-desemprego contrariaram a previs�o de estabilidade e subiram 10 mil.
Para um operador s�nior da mesa de renda vari�vel de uma corretora paulista, os mercados financeiros "n�o tem muito para onde fugir". "Quando n�o � a Europa, � os EUA", comenta, lembrando que, por enquanto o notici�rio vindo da zona do euro est� mais comportado, sem novidades, mas segue como fator de press�o negativa. Por�m, acrescenta ele, "se os EUA resolverem pesar, a coisa fica feia de vez", completou.
E se depender dos fatores dom�sticos, n�o h� nenhum fator atenuante para impedir uma queda livre da Bolsa, para aqu�m dos 50 mil pontos. A produ��o industrial brasileira caiu 0,2% em abril ante mar�o e recuou 2,9% em rela��o a abril de 2011. Com isso, no acumulado de 2012, a atividade da ind�stria registrar perdas de 2,8%. Para Vieira, da Cruzeiro do Sul Corretora, "sinais de atividade econ�mica fraca n�o definem o rumo do mercado acion�rio".
Da mesma forma, a rea��o da Bolsa � redu��o da taxa b�sica de juros ainda deve ser t�mida, com os investidores aguardando alguma defini��o, sobretudo na zona do euro, para destinarem suas aloca��es � renda vari�vel, visando melhores rendimentos.