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Estado de Minas

Um poss�vel resgate da Espanha custaria centenas de bilh�es de euros


postado em 01/06/2012 15:39

A possibilidade de a Espanha precisar recorrer a uma ajuda externa para resolver os problemas financeiros de suas regi�es aut�nomas e dos bancos � cada vez maior, segundo economistas, que estimam que este resgate possa custar centenas de bilh�es de euros.

Pedir ajuda para a Europa ou para o FMI �, at� este momento, uma op��o inaceit�vel para o governo conservador de Mariano Rajoy, no poder desde dezembro. Mas, ap�s o an�ncio p�blico do resgate do banco Bankia realizado com mais de 23 bilh�es de euros, o mais caro da hist�ria do pa�s, a Espanha se viu pressionada pelos mercados, com uma queda de sua bolsa aos n�veis de 2003 e um pr�mio de risco recorde.

O �ltimo ind�cio desta possibilidade foi anunciado na quinta-feira. No primeiro trimestre, os investidores retiraram da Espanha 97 bilh�es de euros, quase 10% do PIB, para coloc�-los no exterior, um recorde.

Contudo, Madri nega que precise de ajuda externa. E, apesar de o FMI desmentir tal projeto, "parece que a Espanha chegou a um ponto em que j� n�o pode suportar seu pr�prio telhado", ressalta David Mackie, economista-chefe para Europa do JP Morgan.

Em sua opini�o, "o governo espanhol quer que o Banco Central Europeu compre diretamente a sua d�vida soberana e que os mecanismos de ajuda europeus (...) recapitalizem seus bancos". Para calcular o custo desta interven��o s�o poss�veis dois m�todos: em compara��o com exemplos anteriores (Portugal, Irlanda, Gr�cia), levando em considera��o o tamanho da Espanha, quarta maior economia da zona do euro, ou analisar as necessidades de financiamento do pa�s.

A Espanha representa 12% da economia da zona do euro, � frente de Irlanda, Portugal e Gr�cia, que juntos somam 6%. O resgate desses tr�s pa�ses custou 85 bilh�es, 78 bilh�es e 292 bilh�es de euros respectivamente, o que pressagia um custo ainda maior para Madri.


Quanto �s necessidades de financiamento do Estado, elas equivalem a 86 bilh�es de euros brutos em 2012 (a soma deve ser semelhante em 2013 e 2014), dos quais metade j� foi obtida em suas emiss�es de d�vida.

Enquanto isso, as comunidades aut�nomas devem devolver este ano 36 bilh�es de euros de empr�stimos, aos quais devem ser adicionados, de acordo com a imprensa, de 15 a 16 bilh�es para financiar seus d�ficits.

Os bancos, por sua vez, penalizados por seus ativos imobili�rios t�xicos, precisar�o de at� 60 bilh�es de euros, de acordo com o Institute of International Finance. Mas um eventual resgate da Espanha deve atender �s necessidades de v�rios anos. De acordo com o c�lculo realizado pelo HSBC, para tr�s anos ser�o necess�rios 450 bilh�es de euros, 100 bilh�es apenas para os bancos.

O JP Morgan calcula que para cobrir as necessidades at� 2014 ser�o necess�rios 350 bilh�es de euros, dos quais 75 bilh�es para o setor financeiro. O HSBC considera, contudo, pouco prov�vel a possibilidade de um resgate. "Ningu�m quer ver a Espanha chegar ao ponto de precisar de um pacote completo de assist�ncia da troika (UE, BCE e FMI), porque isso significaria que a crise da zona do euro entrou em uma fase de preocupa��o ainda maior".

Edward Hugh, um economista independente com sede em Barcelona, � mais pessimista. "Uma tentativa de salvar a Espanha � prov�vel, e � prov�vel que ocorra em julho", quando o mecanismo de estabilidade europeu estiver em opera��o, com uma capacidade de 500 bilh�es de euros.

Para ele, a esperan�a � de que a recupera��o se limite a "recapitaliza��o dos bancos", o que custaria de "150 a 200 bilh�es de euros". A dificuldade � que a Espanha "� demasiada grande para que deixem cair e grande demais para resgatar", ressalta. "V�o tentar intervir antes de chegar a uma situa��o extrema, n�o v�o deixar a Espanha cair", enfatiza Jesus Castillo, especialista da Natixis.


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