O mercado de c�mbio dom�stico deve ficar atento ao longo do dia aos movimentos do euro e � demanda interna por d�lar, que devem determinar o rumo das cota��es locais da divisa dos Estados Unidos. Ap�s subir mais cedo a US$ 1,2669, reagindo � decis�o dos l�deres europeus de fornecer at� 100 bilh�es de euros para a Espanha recapitalizar os bancos do Pa�s, a moeda �nica europeia perde for�a e induz a abertura em alta do d�lar futuro na BM&F. Ap�s abrir a sess�o cotado R$ 2,0315 (+0,10%), o d�lar para julho de 2012 oscilou at� 9h32 entre uma m�xima de R$ 2,0340, alta de 0,22%, e uma m�nima de R$ 2,0260 (-0,17%).
Para o mercado local, a expectativa � de que o Banco Central v� monitorar a demanda por d�lares, a fim de conter a volatilidade exagerada o d�lar e eventual press�o de alta acentuada das cota��es. A percep��o � de que a autoridade monet�ria deve se observar demanda e eventual falta de liquidez. Na �ltima sexta-feira, ap�s o d�lar no balc�o avan�ar at� a m�xima de R$ 2,0420 (+0,64%), o Banco Central fez um leil�o de at� 30 mil contratos de swap cambial, com dois vencimentos, equivalente a US$ 1,5 bilh�o, e negociou 67,6% da oferta total, ou 20,4 mil contratos com dois vencimentos, em um total de US$ 1,014 bilh�o.
Em Nova York, �s 9h32 (pelo hor�rio de Bras�lia), o euro estava em US$ 1,2545, ante US$ 1,2562 no fim da tarde de sexta-feira. O d�lar valia 79,51 ienes, de 79,52 ienes, e estava em 0,9572 franco su��o, de 0,9595 franco su��o no fim da tarde de sexta-feira. A moeda norte-americana operava em alta diante de divisas de pa�ses emergentes exportadores de commodities, como o d�lar australiano (+0,42%), o d�lar canadense (+0,28%); e o d�lar neozeland�s (+0,15%).
O movimento expressa busca de prote��o porque os agentes financeiros t�m d�vidas se o plano de resgate banc�rio ser� suficiente para acabar com a crise na Espanha. Ainda n�o est� claro de onde sair�o os recursos a serem fornecidos para a Espanha nem qual � o volume exato da ajuda. As expectativas com as elei��es na Gr�cia no pr�ximo domingo tamb�m podem voltar a pressionar os mercados.
A ag�ncia Moody's Investors Service alertou em nota na sexta-feira que, se voltar a crescer o risco de a Gr�cia sair da zona do euro, haver� press�o adicional sobre os ratings de cr�dito de toda a regi�o, com poss�veis perdas aos investidores em t�tulos gregos, al�m de amea�ar a pr�pria exist�ncia do euro. A ag�ncia tamb�m disse que o risco de uma sa�da da Gr�cia afeta particularmente a qualidade de cr�dito de Chipre, Portugal, Irlanda, It�lia e Espanha. Mas, caso a Gr�cia deixe a uni�o monet�ria, todos os ratings soberanos da zona do euro ser�o reavaliados, inclusive os dos pa�ses com classifica��o AAA; o rating atual da Gr�cia � C.
Conv�m lembrar que, na quinta-feira passada, durante o feriado no Brasil, a Fitch Ratings j� rebaixou a nota da d�vida de longo prazo em moeda estrangeira e em moeda local da Espanha para BBB, de A. O rating de default de emissor (IDF) de curto prazo foi rebaixado para F2, de F1. A perspectiva dos ratings de longo prazo � negativa. Num desdobramento dessa decis�o, na sexta-feira, a Fitch rebaixou os ratings de longo prazo em moeda local e estrangeira de 11 governos locais e regionais da Espanha, al�m de cinco empresas relacionadas com a administra��o p�blica. A perspectiva para todas as regi�es � negativa.
Na Espanha, apesar do pedido de ajuda financeira � Uni�o Europeia, as perspectivas para a economia do pa�s continuam nebulosas em meio � sua segunda recess�o em tr�s anos e as altas taxas de desemprego. O pedido formal de empr�stimo � Uni�o Europeia ser� feito antes do encontro dos ministros das Finan�as da zona do euro, previsto para o dia 21 de junho em Luxemburgo. O ministro das Finan�as espanhol, Luis de Guindos, afirmou ontem que, al�m de uma taxa de juros para o empr�stimo inferior aos pre�os do mercado, As condi��es ser�o impostas aos bancos e n�o � sociedade espanhola, nem � pol�tica econ�mica e fiscal. O ministro, por�m, n�o revelou a taxa do empr�stimo.
Segundo Guindos, o empr�stimo ser� incorporado ao endividamento da Espanha, mas destacou que o pa�s n�o precisar� acionar o valor total de at� 100 bilh�es de euros colocados � disposi��o da Espanha pela Uni�o Europeia. A cifra exata s� ser� decidida quando uma s�rie de avalia��es dos documentos de empr�stimos dos bancos por consultores externos for conclu�da, o que deve ocorrer nas pr�ximas semanas.
Na It�lia, a economia teve contra��o de 0,8% no primeiro trimestre deste ano, conforme o esperado, em rela��o aos tr�s meses anteriores. Com isso, o PIB italiano j� apresenta contra��o por tr�s trimestres consecutivos. Encolheu 0,7% nos tr�s �ltimos meses de 2011 e 0,2% no terceiro trimestre do ano passado. J� na compara��o com o primeiro trimestre de 2011, o PIB teve uma queda de 1,4%, acima da leitura preliminar do Istat de contra��o de 1,3%. De outro lado, a Fran�a registrou aumento na produ��o industrial de 1,5% em abril em rela��o a mar�o, enquanto os economistas previam que a produ��o ficaria est�vel. Em mar�o, o INSEE revisou a produ��o industrial para um recuou de 1,0%, acima da contra��o de 0,9%, como estimado anteriormente. Mais amplamente, a produ��o industrial em fevereiro, mar�o e abril foi, no geral, 1,8% inferior � assinalada nos mesmos meses de 2011.
Nos Estados Unidos, os Bancos, emissores de t�tulos e investidores est�o se preparando para os reflexos de uma s�rie de rebaixamento de bancos norte-americanos que deve ter in�cio j� na pr�xima semana, de acordo com a edi��o de final de semana do Wall Street Journal. A Moody's Investors Service informou que deve reduzir at� o final de junho a classifica��o de cr�dito de 17 grandes bancos, incluindo cinco das seis maiores empresas financeiras norte-americanas por ativos. Os rebaixamentos devem elevar o custo de empr�stimos em bancos como J.P. Morgan Chase & Co., Bank of America Corp., Citigroup Inc., Goldman Sachs Group Inc. e Morgan Stanley.
J� os dados da economia chinesa surpreenderam em maio, com aumento acima do esperado no com�rcio exterior e desacelera��o da infla��o para 3%. A produ��o industrial veio abaixo do projetado por analistas, mas fechou em patamar superior ao registrado no m�s anterior. Ao mesmo tempo em que indica perda de f�lego da atividade econ�mica, a redu��o da press�o dos pre�os amplia o espa�o para o governo chin�s adotar medidas de apoio ao crescimento econ�mico, depois do primeiro corte da taxa de juros de 0,25 ponto porcentual em mais de tr�s anos, anunciado na quinta-feira. O �ndice de pre�os ao consumidor chin�s em maio aumentou 3% em rela��o ao mesmo per�odo de 2011, ante 3,4% em abril. O indicador tamb�m ficou abaixo das previs�es dos economistas, de 3,2%.