A quarta gera��o (4G) da telefonia celular vai permitir acesso � internet em velocidade at� dez vezes mais r�pida que a oferecida atualmente pelas operadoras. Mas os servi�os s� devem ser contratados, inicialmente, por usu�rios de maior poder aquisitivo. S� depois os servi�os ser�o popularizados. Essa � a avalia��o dos principais executivos das operadoras de telefonia Vivo e Claro, vencedoras dos primeiros lotes das faixas de frequ�ncia que v�o suportar a nova tecnologia, leiloados hoje pela Ag�ncia Nacional de Telecomunica��es (Anatel).
Para o presidente da Vivo, Carlos Valente, os primeiros clientes da 4G ser�o, al�m dos usu�rios com maior poder aquisitivo, clientes com perfil "inovador". “A partir do momento que ampliar a cobertura, muitos outros segmentos v�o fazer uso dessa rede”.
Depois do leil�o, em que a Vivo arrematou um dos lotes por R$ 1,05 bilh�o (�gio 66% sobre o pre�o m�nimo estabelecido em edital), Valente demonstrou preocupa��o com a necessidade de instala��o de mais antenas para a oferta do servi�o. Segundo ele, ser� preciso dobrar o n�mero de antenas da operadora nos pr�ximos anos. A Vivo tem, atualmente 13 mil antenas em todo o pa�s. Para Valente, � preciso agilizar o licenciamento e revisar as atuais legisla��es sobre instala��o de antenas.
O presidente da Claro, Carlos Zentena, acredita que o servi�o, mais caro que o da atual terceira gera��o (3G), deve ser adquirido, inicialmente, por usu�rios das classes A e B, especialmente para melhorar a conex�o � internet por meio de telefones celulares com fun��es de computador, os smartphones. Em rela��o aos modems de acesso � internet, ele estima que os pre�os n�o dever�o ser muito diferentes dos atuais. “Os modems v�o permitir a todos os clientes de todas as classes sociais ter uma internet mais r�pida”.
Em rela��o ao pre�o dos aparelhos (smartphones e modems) compativeis com a 4G, Zentena avalia que vai depender da variedade que ser� oferecida no Brasil. “Estamos avaliando o porf�lio [de produtos] que vamos trazer para o pa�s”. A Claro venceu o segundo lote nacional oferecido pela Anatel, com oferta de R$ 844,5 milh�es, �gio de 34% sobre o valor m�nimo.
Como n�o houve interesse na aquisi��o da faixa de 450 mega-hertz (Mhz), destinada � telefonia m�vel para as �reas rurais, as vencedoras das faixas para a 4G tamb�m dever�o prestar esse servi�o.