O d�lar acima de R$ 2 n�o �, necessariamente, a garantia de aumento da entrada de d�lares via com�rcio exterior. Dados do Banco Central (BC) sobre o fluxo cambial revelam exatamente o contr�rio: mesmo com as cota��es na casa de R$ 2 h� v�rias semanas, o ingresso da moeda estrangeira pela m�o dos exportadores � a mais baixa desde janeiro de 2011, quando a moeda norte-americana era trocada de m�os por valores perto de R$ 1,60.
Levantamento feito pela Ag�ncia Estado revela que exportadores foram respons�veis pela entrada m�dia de US$ 733,29 milh�es a cada dia �til nas duas primeiras semanas de junho, at� o dia 8. O valor � 27% menor que a m�dia vista em maio (US$ 1,008 bilh�o) e o valor mais baixo desde janeiro de 2011, quando o valor estava em US$ 717 milh�es.
Mais interessante ainda � notar que em maio, quando a divisa chegou ao simb�lico patamar de R$ 2, a entrada m�dia de d�lares via exporta��es caiu 41,7% na compara��o com abril, �poca em que a divisa ainda estava no n�vel de R$ 1,80. Ou seja, em movimento inverso, o d�lar subiu e a m�dia di�ria de entrada de d�lares via exportadores caiu.
Essa menor entrada de d�lares via com�rcio exterior � mais notada na linha de cr�dito conhecida como "Pagamento Antecipado". Nessa opera��o, a m�dia di�ria de junho est� em US$ 90 milh�es, o pior desempenho desde janeiro de 2011 e que sinaliza queda de 45% contra maio. No m�s passado, o volume m�dio j� havia recuado 43% ante abril. Esse tipo de financiamento, vale lembrar, foi alvo de restri��es por parte do Banco Central em mar�o e passou a ter prazo limitado a 360 dias.
Em outra linha tradicional de cr�dito aos exportadores, o Adiantamento sobre Contrato de C�mbio (ACC), a m�dia di�ria de junho soma US$ 193,45 milh�es, em queda de 7% na compara��o com maio e o menor valor desde dezembro do ano passado. As outras opera��es para ingresso de d�lar dos exportadores tiveram m�dia di�ria de US$ 449,8 milh�es no in�cio de junho, com recuo de 29% ante maio.