O d�lar � vista no balc�o abriu nesta segunda-feira em alta de 0,44%, a R$ 2,050 e, �s 10h30, renovou a m�xima, de R$ 2,062 (+1,03%). Na BM&F, o d�lar spot j� come�ou a ser negociado com valoriza��o de 0,96%, a R$ 2,0590 - m�xima at� o momento. O movimento acompanha o comportamento do d�lar futuro em meio a preocupa��es crescentes com a Espanha. Ap�s abrir praticamente "de lado", a R$ 2,055 (+0,05%), o d�lar futuro que vence em 1º de julho de 2012 cedeu levemente � m�nima de R$ 2,0535 (-0,02%) e, em seguida, firmou-se em alta. �s 10h26, o d�lar para julho de 2012 estava na m�xima de R$ 2,070, alta de 0,78%.
Os pre�os locais da divisa dos EUA refletem a press�o exercida pelos agentes financeiros globais sobre o euro. A moeda �nica europeia opera em baixa diante do d�lar em meio ao salto das taxas de retorno (yield) dos b�nus de 10 anos da Espanha em mais de 30 pontos base, para 7,17% esta manh�. O quadro de recess�o no Pa�s se reflete ainda no aumento dos empr�stimos inadimplentes dos bancos espanh�is ao patamar mais alto em 18 anos.
De acordo com o Banco Central espanhol, 8,72% dos empr�stimos feitos pelos bancos, ou 152,74 bilh�es de euros (US$ 193 bilh�es), estavam com os pagamentos h� mais de tr�s meses atrasados em abril, ante 8,37% em mar�o. Os bancos espanh�is t�m atualmente 1,75 trilh�o de euros de empr�stimos em suas carteiras, o que representa cerca de 175% do Produto Interno Bruto (PIB) da Espanha. Em Nova York, �s 10h31, o euro estava em US$ 1,2592, ante US$ 1,2640 no fim da tarde de sexta-feira.
No mercado dom�stico, a valoriza��o do d�lar hoje representa interrup��o das perdas contabilizadas nas �ltimas duas sess�es. O recuo da divisa dos EUA ante o real na quinta e sexta-feira passadas respondeu � flexibiliza��o do IOF de 6% sobre os empr�stimos externos diretos, que desde a �ltima quinta-feira passou a incidir sobre opera��es com prazos de at� dois anos em vez de at� cinco anos. Os agentes financeiros ainda acreditam que novas a��es poder�o ser adotadas pelo governo brasileiro, caso a crise na zona do euro volte a se agravar.
Como a sa�da da Gr�cia da zona do euro est� descartada, pelo menos de imediato, diminui a possibilidade de uma interven��o coordenada dos BCs no mercado financeiro global. Contudo, os investidores seguem apreensivos com a sa�de fiscal, da economia e do sistema banc�rio da Espanha e It�lia. O futuro desses dois pa�ses e da zona do euro como um todo ser�o debatidas durante a s�tima reuni�o de l�deres do G-20, que come�a hoje em Los Cabos, no M�xico. As discuss�es devem mencionar poss�veis suportes financeiros do G-20 aos fundos europeus de socorro � economia e aos bancos da regi�o.
Ontem, o presidente da China, Hu Jintao, disse que a d�vida soberana europeia � "um assunto de preocupa��o geral" e pediu esfor�os conjuntos dos membros do G-20 sobre essa quest�o, segundo a ag�ncia de not�cias Xinhua. "O G-20 deve trat�-lo por meio de um caminho de coopera��o e constru��o, encorajando e apoiando os esfor�os da Europa para resolver a situa��o e mandando um sinal de confian�a ao mercado." Ainda assim, n�o se espera que a solu��o para os problemas da zona do euro, sobretudo da Espanha, saia desse evento.
Quanto � reuni�o de pol�tica monet�ria do Federal Reserve, amanh� e quarta-feira, h� expectativas entre os agentes financeiros de que novas medidas de est�mulo para a economia do pa�s poder�o ser discutidas. Por conta disso, o d�lar continua sob press�o de baixa, disse um operador de uma corretora.