Enquanto o exterior deixar, a renda vari�vel brasileira vai reconquistando terreno. Mas, apesar de ter subido em sete dos 11 preg�es de junho, confirmando ontem a retomada dos 56 mil pontos, a Bovespa segue vulner�vel e qualquer tempestade nos mercados internacionais pode provocar turbul�ncia nos neg�cios locais. A car�ncia de medidas efetivas, por parte do G-20 e de bancos centrais, ainda inibe uma melhora consistente e fortalece o vaiv�m. Por volta das 10h10 desta ter�a-feira, o Ibovespa subia 0,72%, aos 56.601,94 pontos.
"Ainda n�o � o momento para sair comprando qualquer coisa", pondera o analista gr�fico da �gora Investimentos, Daniel Marques. Segundo ele, embora o Ibovespa tenha uma sequ�ncia de altas importantes no m�s, ainda � prefer�vel realizar opera��es isoladas. O profissional chama a aten��o para o comportamento do volume financeiro a partir desta ter�a-feira, ap�s os vencimentos de derivativos entre a �ltima quarta-feira e ontem inflarem o giro.
Para Marques, seria "interessante" se a Bolsa realizasse um pouco dos ganhos recentes, criando pontos de entrada para os investidores. "A Bolsa ainda precisa de uma configura��o ascendente", diz, acrescentando que o rompimento do topo anterior, em 56,7 mil pontos, deixaria o quadro bem mais favor�vel, mas "n�o � o ideal".
O analista da Um Investimentos Eduardo Oliveira ressalta, em relat�rio, que os mercados financeiros permanecem cautelosos, aguardando, por exemplo, o pronunciamento final da c�pula do G-20 e o desfecho da reuni�o do Federal Reserve, nesta quarta-feira. Nesse sentido, pondera Oliveira, os investidores devem seguir receosos e a volatilidade, latente.
A Europa, principalmente, ainda demanda cuidados. A Espanha realizou nesta ter�a-feira leil�o de t�tulos de curto prazo, no qual captou um pouco mais que a quantidade desejada, mas pagou um retorno ao investidor (yield) bem mais elevado, na casa de 5%. J� a Gr�cia enfrenta hoje mais um dia de negocia��es para a forma��o de um governo de coaliz�o, liderado pelo conservador Nova Democracia.
J� Wall Street s� tem olhos para o Fed. Apesar de as apostas de ado��o de uma terceira rodada de afrouxamento quantitativo (QE3) estarem mais fracas, h� chances de que a Opera��o Twist seja renovada, estimulando, mesmo assim, a economia norte-americana.
Na agenda do dia, a constru��o de moradias nos EUA caiu 4,8% em maio, contrariando a previs�o de alta de 0,4%. J� as permiss�es para novas constru��es subiram 7,9% no m�s passado, acima da estimativa de avan�o de 1,0%. O dado de constru��o de moradias em abril foi revisado em alta, de +2,6% para +5,4%.