O mercado de c�mbio dom�stico deve operar em compasso de espera pela decis�o do Comit� de Mercado Aberto do Federal Reserve, que ser� anunciada nesta quarta-feira. Tamb�m h� grande expectativa em rela��o �s novas proje��es do Fed para a economia e para o n�vel das taxas de juro nos Estados Unidos e pela entrevista do presidente da institui��o, Ben Bernanke, tamb�m nesta quarta-feira. Por isso, a cautela tende a substituir a euforia da v�spera, porque os mercados anteciparam a possibilidade de que o Fed anuncie novos est�mulos nos EUA. Embalado pela anima��o generalizada de ter�a-feira, o d�lar � vista caiu 1,41%, para R$ 2,030 no balc�o. Os problemas na zona do euro seguem no radar dos investidores, mas devem ficar em segundo plano de imediato.
Os agentes do mercado apostam, por enquanto, na prorroga��o da Opera��o Twist (programa de troca de b�nus para alongamento dos t�tulos da carteira do Fed) e esperam uma sinaliza��o de manuten��o dos juros no piso hist�rico (entre zero e 0,25%) por mais tempo. Uma terceira rodada de relaxamento quantitativo tende a ser adotada, segundo essas fontes, se a economia norte-americana continuar patinando por muito mais tempo.
Em Nova York, �s 9h22, o euro subia a US$ 1,2709, de US$ 1,2684 no fim da tarde de ter�a-feira. O d�lar recuava 0,13% diante de uma cesta de seis moedas fortes. J� em rela��o a divisas de pa�ses emergentes exportadores de commodities, a moeda dos EUA estava de lado ante o d�lar australiano; recuava 0,08% diante do d�lar canadense; mas subia 0,50% diante da r�pia indiana e avan�ava 0,07% ante o d�lar neozeland�s.
No mercado local, a tend�ncia para o dia � de que o d�lar acompanhe o movimento externo e estreite suas margens de oscila��o em rela��o ao real, pelo menos na primeira parte dos neg�cios. O contrato de d�lar que vence em 1º de julho de 2012 abriu a R$ 2,030, com baixa de 0,12%. At� �s 9h20, oscilou 0,32%, da m�nima em R$ 2,0260 (-0,32%) � m�xima de R$ 2,0325 (est�vel).
Antes do Fed, os agentes financeiros no Brasil v�o conhecer os dados do fluxo cambial at� o dia 15 de junho, �s 12h30. Na �ltima quarta-feira, o Banco Central anunciou a revers�o do fluxo para positivo em US$ 843 milh�es neste m�s at� o dia 8, ante um fechamento em maio com fluxo negativo de US$ 2,691 bilh�es. O que todos v�o observar � se com a piora da crise na zona do euro, na semana passada, o segmento financeiro continuar� ou n�o registrando entrada l�quida de recursos no Pa�s. Esta conta foi respons�vel pela entrada l�quida de US$ 1,127 bilh�o at� o �ltimo dia 8. Al�m disso, h� incerteza sobre se o fluxo comercial reverter� o movimento de sa�da de d�lares maior do que o de ingressos no mercado local. At� o dia 8, US$ 284 milh�es deixaram o Brasil para pagamento de importa��es. No acumulado de janeiro a 8 de junho, o fluxo cambial foi positivo em US$ 23,468 bilh�es, sendo US$ 20,812 bilh�es via com�rcio exterior e US$ 2,657 bilh�es no setor financeiro.
Para o operador Jos� Carlos Amado, da Renascen�a Corretora, o mercado deve monitorar os dados de fluxo cambial, mas tende a reagir, de fato, �s decis�es e proje��es do Fed. "Se o Fed eventualmente desapontar as expectativas dos mercados, o d�lar poder� retomar a alta � tarde", avaliou, ponderando que eventual valoriza��o n�o deve ir muito al�m do patamar de R$ 2,07, porque o pr�prio mercado acaba vendendo moeda quando o d�lar aproxima-se desse ponto. "Esse n�vel de pre�o costuma sustentar especula��es sobre a volta do BC com leil�es de swap cambial", observou, citando ainda poss�vel retomada de rumores sobre estudos para remo��o de medidas cambiais.