As medidas do governo brasileiro de incentivar o consumo devem refletir com mais intensidade sobre o comportamento das fam�lias no segundo semestre deste ano, acredita o economista da Confedera��o Nacional do Com�rcio (CNC) Bruno Fernandes. O �ndice de Inten��o do Consumo das Fam�lias (ICF), divulgado nesta quarta-feira apresentou queda de 0,7% em junho ante maio, mas alta de 3,4% na compara��o anual. "Os est�mulos fiscais e monet�rios t�m uma defasagem temporal. A expectativa � de que no fim de 2012 o ritmo do consumo seja mais forte do que o atual", argumentou Fernandes.
Ainda que o item "compra a prazo" tenha apresentado queda de 1 8%, o pior resultado na compara��o mensal, a interpreta��o do economista � de que este � um resultado sazonal, ap�s o registro de altas para o mesmo item em meses anteriores. Pode refletir tamb�m uma pequena tend�ncia de compra � vista, ao inv�s de no cr�dito. Na compara��o anual, a inten��o de "compra a prazo" subiu 2%.
"As fam�lias demonstraram possuir estoque de d�vida de curto e n�o de longo prazo. Embora o governo tenha sido criticado por estimular o consumo, em meio a um cen�rio de endividamento, ainda h� espa�o para continuar consumindo. Na primeira crise (de 2009), a demanda era muito mais reprimida, � claro. Mas, ainda assim, h� espa�o para est�mulo ao consumo", afirmou Fernandes.
Na contram�o �s medidas de incentivo do governo e � massa salarial, est� o cen�rio do mercado de trabalho, que continua perdendo for�a. "O quadro � favor�vel, mas n�o � poss�vel negar que o ritmo da economia est� mais fraco", ressaltou o economista da CNC.