O l�der do governo na C�mara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse neta quarta-feira que o destino do fator previdenci�rio - que serve de par�metro para o c�lculo do valor das aposentadorias - deve ser votado pelo Congresso em no m�ximo dois meses. Entretanto, disse que a equipe econ�mica ainda n�o chegou a uma conclus�o definitiva sobre a melhor f�rmula para substituir o instrumento. Ap�s reuni�o de l�deres da base aliada no Minist�rio da Fazenda, Chinaglia disse que um novo encontro ficou marcado para 10 de julho.
"Temos o compromisso de votar o fator previdenci�rio em at� dois meses. O tema est� pautado e ser� votado", disse o parlamentar ao deixar o minist�rio. Al�m dos l�deres e do ministro da Fazenda, Guido Mantega, tamb�m participaram da reuni�o os ministros da Previd�ncia Social, Garibaldi Alves, e da Secretaria de Rela��es Institucionais, Ideli Salvatti.
Segundo ele, a proposta inicial previa o fim do instrumento, mas uma alternativa chamada informalmente de "85-95" � a que, por enquanto, tem maior apoio da base no Congresso e come�a a ser assimilada tamb�m pelas centrais sindicais, que oficialmente pedem o fim do fator previdenci�rio. Por essa proposta, as mulheres poderiam se aposentar com 55 anos de idade e 30 anos de contribui��o (85), enquanto os homens se aposentariam com 60 anos de idade mais 35 de contribui��o (95).
"Mesmo essa f�rmula ainda n�o seria a mais equilibrada para a Previd�ncia olhando no longo prazo, mas vamos combinar a demanda dos trabalhadores, com uma opini�o consolidada pela base, buscando a melhor solu��o para o Pa�s", completou Chinaglia.
O parlamentar disse ainda ser poss�vel a cria��o de uma fase de transi��o para o novo modelo, lembrando que � preciso se pensar em tr�s grupos distintos: dos trabalhadores que j� se aposentaram, dos que est�o trabalhando e contribuindo, e daqueles que ainda v�o entrar no mercado de trabalho.
Segundo Chinaglia, a simples extin��o do fator previdenci�rio poderia ter consequ�ncias indesejadas, como a abertura de brechas para questionamentos judiciais sobre os mais de R$ 30 bilh�es que deixaram de ser aportados � Previd�ncia durante o tempo de vig�ncia do instrumento. Sobre acordos anteriores que quase possibilitaram o fim do fator, Chinaglia destacou que o momento econ�mico mudou devido � crise mundial e, portanto, as negocia��es tamb�m precisaram mudar.