A presidente Dilma Rousseff disse, na manh� desta quinta-feira, na cerim�nia de lan�amento do Plano Agr�cola e Pecu�rio 2012/2013, no Pal�cio do Planalto, que a agricultura brasileira � capaz de superar crises. "A agricultura, no Brasil, conquistou um est�gio que o seu n�vel de competitividade � capaz de recuperar as crises. N�s sabemos que o mundo, por mais tecnol�gico que se transforme, jamais prescindir� de energia e de alimentos."
Dilma destacou que nesta quinta-feira est� sendo lan�ado o plano de safra da agricultura comercial e que, na pr�xima semana, o governo lan�ar� o plano de safra da agricultura familiar. "Considero que � obriga��o do Pa�s ter consci�ncia da import�ncia de tomar medidas cab�veis pra expandir cada vez mais o car�ter avan�ado da nossa agricultura, que para n�s � estrat�gico", ressaltou.
A presidente garantiu que a produ��o agropecu�ria ter� todos os recursos necess�rios e que n�o haver� restri��o de recursos para plano agr�cola e pecu�rio. "Quero assumir o compromisso manifestado pelo ministro Mendes [Ribeiro Filho, da Agricultura] de que n�o haver� restri��es de recursos", disse Dilma. Ela destacou que o Brasil saiu de R$ 27 bilh�es para R$ 115 bilh�es no financiamento da safra. "Isso mostra que o Brasil mudou, que podemos comemorar o fato de que a nossa for�a consiste nessa combina��o: produtores rurais e governo federal."
Juros
Dilma frisou que a agricultura tamb�m est� sendo beneficiada por redu��o de juros. "A redu��o da taxa de juros, movimento que estamos vendo ocorrer em toda a economia, � uma marca desse plano tamb�m. A agricultura tamb�m est� sendo beneficiada por essa redu��o", declarou. A presidente afirmou que "estamos nesta safra oferecendo mais recursos com taxas de juros menores". Segundo ela, a redu��o da taxa de juros que est� ocorrendo em toda a economia � "uma marca deste plano tamb�m".
Para a presidente, o Brasil � um dos poucos que conseguem se proteger dos efeitos perversos da crise. "Nosso agroneg�cio tem um potencial de gerar renda, emprego e mostrar que o Brasil consegue, um dos poucos pa�ses que consegue criar uma relativa prote��o em rela��o aos efeitos perversos dessa crise de d�vida soberana e banc�ria que afeta o mundo", declarou Dilma.
Ambiente
Dilma afirmou ainda que os dados sobre a expans�o da agricultura no Pa�s mostram que o "crescimento n�o � incompat�vel com a preserva��o ambiental". Ela destacou que um ponto importante para mostrar qual � a posi��o do Brasil no que se refere � quest�o do desenvolvimento sustent�vel � o fato de "ser poss�vel afirmar que n�s conseguimos crescer na nossa agricultura em 180% e, ao mesmo tempo, ter um crescimento de apenas 32% na �rea".
"Isso � crucial, porque mostra que somos capazes de crescer com �rea relativamente reduzida, o que mostra que o crescimento n�o � incompat�vel com a preserva��o ambiental", disse, destacando ainda que a agricultura brasileira � capaz de incorporar as melhores pr�ticas na �rea de baixo carbono, o que mostra que "somos um Pa�s especial".
Ag�ncia
A presidente informou que o governo est� pensando em criar uma ag�ncia de assist�ncia t�cnica e extens�o rural, para resolver o que ela considera uma das grandes "fragilidades" do setor. "Esse talvez seja um dos maiores desafios do meu governo e ele implica algo que considero fundamental, que � dar uma contribui��o ao conjunto da agricultura desse Pa�s, do n�vel de conhecimento t�cnico que atingimos. Essa contribui��o � uma forma de democratizar conhecimento."
Segundo ela, o Pa�s tem essa obriga��o, e a ag�ncia s� pode existir em coopera��o com os minist�rios da Agricultura e Desenvolvimento Agr�rio e a Embrapa, que � a "grande produtora de conhecimento, junto com todos os laborat�rios e institutos de pesquisa e o conjunto dos produtores".
"E n�s, ao fazermos isso, estaremos tamb�m dando um dos maiores passos nesse Pa�s para firmar o que � a caracter�stica da nossa agricultura, agricultura que usa de fato a quantidade de terras, a �gua, mas ela consegue agregar o valor da capacidade produtiva", afirmou.
Segundo o Minist�rio da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento, do total de recursos previstos no Plano, R$ 86,9 bilh�es destinam-se ao custeio e � comercializa��o da produ��o. J� os programas de investimentos v�o receber R$ 28,2 bilh�es. Al�m do aumento de 7,5% em rela��o ao cr�dito da safra anterior, o Plano Agr�cola e Pecu�rio reduz de 6,75% para 5,5% a taxa anual de juros controlada, o que representa uma diminui��o de 18,5% nos custos dos financiamentos para o produtor rural. O total de recursos com taxa de juros controlada ser� de R$ 93,9 bilh�es.