Os l�deres da zona do euro fecharam um acordo na madrugada desta sexta-feira para recapitalizar diretamente os bancos e delegar ao Banco Central Europeu a supervis�o financeira da regi�o, ao final de uma longa reuni�o em Bruxelas.
O presidente franc�s, Fran�ois Hollande, foi o primeiro a anunciar "um acordo" entre os pa�ses da zona do euro sobre solu��es para superar a crise da d�vida: "Sim, encontramos os mecanismos".
Segundo o presidente da Uni�o Europeia, Herman Van Rompuy, a zona do euro aprovou a recapitaliza��o direta dos bancos, sob "certas condi��es", e se declarou "aberta" a que os pa�ses que cumprem com os planos de reforma possam recorrer aos fundos de resgate europeus para "acalmar os mercados".
"Aprovamos a recapitaliza��o direta dos bancos, sob "certas condi��es", assinalou Van Rompuy ao final da reuni�o do Eurogrupo consagrada a encontrar solu��es r�pidas para ajudar It�lia e Espanha a superar a crise da d�vida.
O acordo prev� que o BCE ter� um papel de supervisor financeiro da zona do euro antes do final do ano."Quando estiver pronto, o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MES) nos dar� a possibilidade de recapitalizar diretamente os bancos", declarou Van Rompuy. O Conselho Europeu ficar� encarregado de apresentar propostas urgentes para a cria��o de um �rg�o supervisor at� o final de 2012.
O chefe de governo espanhol, Mariano Rajoy, ficou exultante ap�s horas de negocia��es, durante as quais Espanha e It�lia amea�aram boicotar o pacto que injetar� 120 bilh�es de euros para reativar a economia e o crescimento. "Temos um acordo", confirmou Rajoy por volta das 02H30 GMT, antes de passar a palavra a Van Rompuy para explicar seu conte�do.
O presidente do Conselho italiano, Mario Monti, manifestou sua "satisfa��o" com o acordo e o qualificou de "muito importante para o futuro da Uni�o Europeia e da zona do euro". It�lia e Espanha vinculavam sua aprova��o ao 'pacto' de crescimento na Europa � ado��o de medidas de urg�ncia para os dois pa�ses, hoje na mira dos mercados devido � crise da d�vida.
A recapitaliza��o direta dos bancos, sem passar pelos Estados, enfrentava a resist�ncia da Alemanha, contr�ria ao "rompimento do "v�nculo entre d�vida p�blica e banc�ria".
A decis�o pode abrir caminho para a cria��o de um superministro de Finan�as europeu, com capacidade para intervir nos or�amentos de cada pa�s e inclusive modifica-los, al�m de definir tetos de gasto e de d�vida.