A Pol�cia Civil de S�o Paulo abriu inqu�rito para investigar den�ncia de viola��o de sigilo banc�rio do executivo Allan Toledo Sim�es, ex-vice-presidente da �rea internacional do Banco do Brasil. Ele suspeita que o acesso a seus dados confidenciais tenha ocorrido dentro da pr�pria institui��o. O inqu�rito 600/12 foi requisitado pelo Minist�rio P�blico Estadual, que acolheu pedido dos advogados de Allan Toledo.
Antes de requisitar a investiga��o policial, a promotoria pesquisou sobre exist�ncia de eventual procedimento contra o executivo, que recebeu R$ 953 mil em uma conta de sua m�e, Liu Mara Fosca Zerey.
Em mar�o, a Comiss�o de �tica da Presid�ncia da Rep�blica arquivou, em decis�o un�nime, processo que atribu�a a Allan Toledo "poss�vel desvio �tico".
O Minist�rio P�blico anotou que Allan Toledo e Liu Mara tiveram o sigilo banc�rio quebrado e que o executivo aponta que "terceiras pessoas" estariam inserindo dados falsos em sistemas de informa��es e praticando fraude processual, com o prop�sito de n�o ser descoberta a autoria da viola��o.
Allan Toledo saiu da institui��o em dezembro de 2011 apontado como integrante de movimento para desestabilizar Aldemir Bendine presidente do Banco do Brasil. O ex-vice-presidente, que trabalhou no BB por 30 anos, nega envolvimento na trama. Em mar�o, quando soube da quebra de seu sigilo, ele declarou: "� uma guerra que n�o � minha. Estou sendo usado como laranja para atingir a presid�ncia do BB ou a presid�ncia da Previ."
O executivo sustenta que o dinheiro em sua conta era relativo � venda de um im�vel de sua m�e, situado na Vila Ol�mpia. No requerimento ao Minist�rio P�blico, os advogados juntaram documentos que comprovam a venda da casa e uma carta ap�crifa que relata como teria ocorrido o furo do sigilo de Allan Toledo. "Recebemos ordem superior para sombrear os indevidos acessos � conta corrente (de Toledo), apagando todos os passos anteriores."
O advogado Guilherme Oct�vio Batochio, que defende o executivo, juntou ao pedido de investiga��o c�pia de e-mail de integrante da Ger�ncia de Divis�o de Seguran�a do BB endere�ado � ag�ncia em S�o Paulo onde era mantida conta da m�e de Allan Toledo - ag�ncia 4854-2, em Moema, zona sul.
No e-mail, intitulado "tratamento de ocorr�ncias", o emitente informa a uma funcion�ria do banco que est� promovendo an�lise "envolvendo a cliente MCI". Segundo Batochio, a cliente MCI � Liu Mara. "Por que uma pessoa do BB queria bisbilhotar a conta da sra. Liu Mara?", questiona o criminalista.
"A quebra do sigilo � um crime, sobretudo uma viola��o direta a uma franquia constitucional que diz respeito � tutela da privacidade e intimidade do cidad�o", assevera Guilherme Batochio.
Em mar�o, auditoria do BB concluiu que a institui��o n�o foi respons�vel pela quebra de sigilo. Segundo o banco, os auditores n�o identificaram fato que comprove acesso indevido �s informa��es ou viola��o do sigilo, pois todos os acessos � conta foram compat�veis com as fun��es e atividades dos funcion�rios respons�veis.