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Estado de Minas

Com alta do d�lar e queda de gastos com juros, d�vida p�blica deve ficar em 35% do PIB


postado em 29/06/2012 13:50 / atualizado em 29/06/2012 14:35

Com a alta do d�lar e a redu��o dos gastos com juros, a d�vida l�quida do setor p�blico em rela��o a tudo o que o pa�s produz – Produto Interno Bruto (PIB) – deve encerrar este ano em 35%, segundo proje��o divulgada hoje pelo Banco Central (BC). A estimativa anterior era 35,7%. No final do ano passado, a d�vida l�quida do setor p�blico em rela��o ao PIB ficou em 36,4%.

Essa expectativa de redu��o da d�vida � explicada, principalmente, pela alta do d�lar. Isso ocorre porque o pa�s � credor na moeda norte-americana, ou seja, as reservas internacionais e outros ativos s�o maiores do que a d�vida externa.

Portanto, quanto mais alto o d�lar, menor ser� essa rela��o entre a d�vida e o PIB. Em abril, quando o d�lar encerrou o per�odo em R$ 1,89, a d�vida l�quida do setor p�blico em rela��o ao PIB ficou em 35,7%. Em maio, esse percentual ficou em 35%, com o d�lar cotado a R$ 2,02. Esse foi o menor patamar registrado na s�rie hist�rica do BC, iniciada em 2001. Para junho, a proje��o do Banco Central, com base na proje��o do mercado financeiro para o d�lar em 2,06, � 34,5%.

No caso da estimativa para o ano (35%), � considerada a estimativa do mercado financeiro para o d�lar ao final de 2012 em R$ 1,95. Al�m do d�lar, nessa proje��o s�o levados em conta outros indicadores como �ndices de infla��o, o PIB e a taxa b�sica de juros, a Selic.

Com os cortes da Selic, feitos pelo Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do BC, desde agosto do ano passado, os gastos do setor p�blico com juros tamb�m s�o menores e assim a d�vida cai. A Selic corrige parte da d�vida, assim como �ndices de infla��o, que tamb�m est�o menores este ano do que em 2011. “Os indexadores da d�vida, tanto a infla��o quanto a taxa b�sica, mostram decl�nio este ano em rela��o ao ano passado. Isso impacta na despesa de juros”, explicou o chefe do Departamento Econ�mico do BC, Tulio Maciel.



“Despesas com juros menor contribuem para que se tenha um super�vit prim�rio [economia para o pagamento de juros da d�vida] melhor e uma redu��o significativa da d�vida l�quida. O c�mbio � importante nesse c�lculo, mas a obten��o de prim�rios � determinante para a redu��o da d�vida l�quida”, acrescentou Maciel.

A proje��o do BC para a rela��o entre despesas com juros e o PIB foi ajustada 4,3% para 4,5%. No ano passado, essa rela��o ficou em 5,71%. O d�ficit nominal, que s�o receitas menos despesas, inclu�dos os gastos com juros, em rela��o ao PIB deve ficar em 1,4%, ante 1,2% previstos anteriormente. Segundo Maciel, esse aumento nessas proje��es acontece porque a estimativa do BC para o crescimento do PIB este ano diminuiu de 3,5% para 2,5%.

De acordo com Maciel, para o super�vit prim�rio, o BC espera o cumprimento da meta de R$ 139,8 bilh�es. De janeiro a maio, esse resultado positivo ficou em R$ 62,865 bilh�es, o que corresponde a 45% da meta. Em maio, o super�vit prim�rio (R$ 2,653 bilh�es) foi menor do que no mesmo per�odo do ano passado (R$ 7,506 bilh�es) e abril de 2012 (R$ 14,24 bilh�es). Maciel reconheceu que o resultado do m�s passado ficou “abaixo do padr�o”, mas n�o modifica a expectativa de cumprimento da meta no ano, principalmente a partir do pr�ximo semestre, quando o BC espera acelera��o da atividade econ�mica, o que gera mais receitas para o governo. “Com acelera��o da atividade, esse quadro se torno ainda mais robusto”, acrescentou.

Outro indicador fiscal divulgado hoje pelo BC foi a d�vida bruta, muito utilizada para fazer compara��es com outros pa�ses. No caso da d�vida bruta, n�o s�o considerados ativos em moeda estrangeira, mas apenas os passivos. Em maio, a d�vida bruta em rela��o ao PIB ficou em 56,9%. A previs�o do BC para o ano passou de 52,9% para 55,8% do PIB. Apesar do aumento na proje��o, Maciel considera que a avalia��o das contas p�blicas “deve ser feita de maneira global”. Segundo ele, nesse contexto, “o retrato fiscal” do pa�s � positivo, “principalmente comparado a outras economias”.


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