O primeiro dia �til do segundo semestre do ano foi de d�lar em baixa ante o real, em oposi��o ao movimento da moeda norte-americana ante in�meras divisas no exterior, mas em linha com o que ocorreu com outras moedas mais suscet�veis ao risco, ainda que a magnitude da queda tenha sido mais acentuada no caso brasileiro. Se de um lado os dados de atividade industrial no exterior sinalizam perspectiva ainda turva para o crescimento global, as vis�es mais pessimistas sobre a Uni�o Europeia ficaram um pouco mais distantes com o resultado da reuni�o recente de c�pula, um fator que contribuiu para o desempenho do d�lar por aqui. Operadores tamb�m citaram um movimento de desmonte de posi��es compradas em d�lar futuro, ante os n�veis da sexta-feira, alimentado, em grande medida, pelo entendimento de que o governo se mostra inclinado a continuar utilizando suas ferramentas para impedir desvaloriza��o excessiva do real.
No balc�o, o d�lar � vista encerrou a R$ 1,989, com queda de 1,04%, no menor n�vel desde 29 de maio deste ano, quando a moeda ficou em R$ 1,987. Na m�nima desta segunda-feira, o d�lar foi a R$ 1,9850 e, logo na abertura, marcou R$ 2,0140, a m�xima cota��o do dia. Na BM&F, a moeda spot fechou em R$ 1,9870, na m�nima do dia, com queda de 1,24%. O giro financeiro total somava US$ 1,642 bilh�o um pouco depois das 16h30. H� pouco, o d�lar para agosto de 2012 estava em R$ 1,998, com queda de 1,14%.
Quanto ao desmonte de posi��es em d�lar futuro, os dados sobre o n�vel de posi��es compradas e vendidas nesta segunda-feira estar�o dispon�veis na BM&F apenas na ter�a-feira. Vale ressaltar que os dados divulgados nesta segunda-feira s�o relativos � �ltima sexta-feira, dia 29 de junho, e apontam aumento das posi��es compradas ante o dia 22.
A percep��o sobre o eventual desmonte de posi��es compradas deriva de uma combina��o formada pelo resultado da reuni�o dos l�deres europeus e, principalmente, pela percep��o de que o governo brasileiro continua disposto a eliminar algumas distor��es no mercado de c�mbio introduzidas no passado quando o objetivo era intensificar a deprecia��o da moeda brasileira ante o d�lar. Um car�ter especulativo tamb�m tem forte apelo neste caso, com agentes financeiros descontando parte dos exageros de alta da moeda norte-americana na �ltima semana, argumentam operadores. "N�o h� raz�es plaus�veis para uma queda acima de 1%", disse um estrategista.
Em Nova York, com as bolsas em baixa durante grande parte do dia, o d�lar mostrou avan�o ante diversas moedas, inclu�do o euro. � importante apontar que pesa sobre a moeda europeia o fato de alguns pa�ses, junto com a Finl�ndia, mostrarem oposi��o quanto � utiliza��o da EFSF e do ESM para a compra de pap�is soberanos problem�ticos na regi�o. Em escala global, dados de atividade industrial em junho, medidos por PMIs na China e na zona do euro e pelo ISM nos Estados Unidos, indicam uma perspectiva ainda nebulosa para o crescimento da economia mundial.