As reclama��es feitas � Funda��o de Prote��o e Defesa do Consumidor (Procon-SP) contra ag�ncias de viagem cresceram 28% neste semestre em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado. Segundo o Procon-SP, de janeiro a junho foram 2.086 queixas.
A pol�cia paulista tamb�m investiga pelo menos seis golpes aplicados por operadoras a grupos de turistas s� no �ltimo m�s - na ter�a-feira, cerca de 160 estudantes tiveram a viagem de formatura para Canc�n, no M�xico, cancelada pela empresa Trip & Fun. As principais reclama��es s�o suspens�o de roteiro a poucas horas do embarque e problemas na hospedagem.
Para o professor de finan�as da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Adriano Gomes, a valoriza��o do d�lar pode ser respons�vel pelo aumento dos problemas entre prestadores de servi�os e clientes. "As empresas colocam um pre�o indicativo em real, tendo o valor do d�lar do per�odo como refer�ncia. Com a valoriza��o da moeda e o susto do cliente, o contrato tende a ser revisto."
Foi o que ocorreu na madrugada de ter�a, quando os estudantes de pelo menos seis escolas n�o puderam viajar. Na tarde de ontem, em S�o Bernardo do Campo, no ABC paulista, pais de alunos com viagem marcada para o fim do ano correram para sustar cheques ap�s o sumi�o dos funcion�rios da Trip & Fun, que n�o apareceram para reuni�es com diretores de escolas atingidas pelo calote.
O 1.º Distrito Policial da cidade registrou dez boletins de ocorr�ncia, o que permite que os cheques sejam devidamente sustados. Em Campinas, s� ontem, pelo menos outras 50 pessoas foram ao 13.º DP registrar boletins. "H� viagens para o M�xico, Bariloche (Argentina) e outros destinos. Tem muita gente vindo � delegacia, mas ainda n�o sabemos se vamos abrir inqu�rito para apurar crime doloso (com inten��o), estelionato ou se a empresa faliu", disse o delegado Jos� Roberto Soares.
Em S�o Caetano do Sul, no Col�gio Arbos, pais tamb�m correram para sustar pagamentos de viagens marcadas para o fim do ano. Alunos da oitava s�rie iam, por exemplo, para Atibaia.
Os donos da empresa, que n�o respondem aos pedidos de entrevista, alegaram aos diretores das escolas que a aus�ncia ocorreu por medo de repres�lias dos pais dos alunos.