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Estado de Minas

Al�m de d�lar, Argentina restringe compra de reais


postado em 06/07/2012 20:27

As medidas do governo argentino para restringir a compra de moedas estrangeiras incluem o real, segundo informam � BBC Brasil as assessorias de imprensa do Banco Central e da Administra��o Federal de Ingressos P�blicos (Afip, equivalente � Receita Federal).

“As medidas n�o s�o apenas para a compra de d�lares, mas para reais e qualquer outra moeda estrangeira”, esclareceram.

Na quinta-feira (5), o governo formalizou a “suspens�o” de compra de moeda estrangeira para a poupan�a, segundo comunicado do Banco Central. As medidas de restri��o ao c�mbio come�aram a ser aplicadas em outubro do ano passado, ap�s a reelei��o da presidenta Cristina Kirchner.

Em junho, as medidas foram ampliadas aumentando as queixas dos argentinos acostumados, pelo menos desde a d�cada de 1970, segundo economistas, a comprar e vender im�veis em d�lares e a poupar, principalmente, na moeda norte-americana.

Na pr�tica, atualmente toda opera��o feita pelas casas de c�mbio argentinas deve ser aprovada pela Afip. Uma pessoa que queira viajar ao exterior deve informar o destino e quantos dias de viagem t�m programados para justificar a compra de moeda estrangeira.

Caso a viagem seja cancelada, o governo d� um prazo de “cinco dias �teis” para “devolver” a moeda adquirida no mesmo local onde fez o c�mbio. Oficialmente, as medidas n�o afetariam o turismo, mas as ag�ncias de viagens reclamam que as restri��es atingem o setor.

Tamb�m passou a ser comum compradores de im�veis apelaram � Justi�a para conseguir autoriza��o para adquirir d�lares para a compra destas propriedades.

“A C�mara Federal da localidade de General Roca ratificou a restri��o, impedindo que um petroleiro, que justificou sua renda, comprasse US$ 125 mil para a compra de um apartamento”, informou o jornal El Cronista nesta sexta.

Tamb�m passaram a ser frequentes entrevistas nas r�dios locais com palestrantes convidados para confer�ncias no exterior ou parentes de pessoas que precisam de dinheiro em outro pa�s e que dizem n�o receber a autoriza��o dos fiscais para a compra de moedas estrangeiras.

As restri��es t�m levado turistas argentinos a perguntarem informalmente aos residentes brasileiros em Buenos Aires onde podem comprar reais longe do controle da Afip. Com a forte presen�a de turistas brasileiros no pa�s, algumas lojas, restaurantes e vendedores ambulantes passaram a aceitar reais, nos �ltimos tempos.

O economista Mauricio Claveri, da consultoria Abeceb, entende que as iniciativas de controle cambial e de controle de importa��es est�o “diretamente ligadas �s necessidades fiscais” do governo. “O governo precisa de d�lares em caixa”, disse. O governo argumenta que as restri��es fazem parte da bateria de medidas para evitar o cont�gio pela crise internacional.

Tradicionalmente, os argentinos das classes m�dia e alta poupam na moeda norte-americana “como forma de se proteger do hist�rico inflacion�rio do pa�s”, de acordo com o economista Carlos Melconian.

“O d�lar sempre foi um ref�gio, uma forma de proteger a perda do nosso dinheiro com a infla��o”, disse.

Cr�ticos do governo acreditam que as restri��es cambiais e de importa��es estariam contribuindo para desacelerar a economia. No caso das importa��es, o setor produtivo reclama que precisa de insumos para sua cadeia de fabrica��o.


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