A decis�o do governo federal de elevar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para ve�culos importados de pa�ses n�o pertencentes ao Mercosul em 30 pontos percentuais, em vigor desde dezembro do ano passado, j� produz resultados. A estimativa � que haja queda de 40% na comercializa��o de autom�veis desse segmento em 2012.
A proje��o negativa foi feita nesta ter�a-feira pelo presidente da Associa��o Brasileira das Empresas Importadoras de Ve�culos Automotores (Abeiva), Flavio Padovan, durante a divulga��o do balan�o do setor. A redu��o tamb�m est� sendo relacionada � alta do d�lar. O aumento do IPI foi anunciado em 15 de setembro, mas por decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF), a medida precisou cumprir per�odo de 90 dias para vigorar.
Segundo levantamento da Abeiva, no primeiro semestre deste ano, o emplacamento de carros importados no Brasil registrou queda de 21,6%, ante o mesmo per�odo de 2011. A m�dia de vendas caiu de 18.342 no segundo semestre de 2011 para 11.829 no primeiro semestre deste ano.
O impacto sobre os empregos diretos no pa�s, segundo a Abeiva, � de menos 29% no comparativo entre 2011 e 2012, com redu��o de 10 mil postos de trabalho (35 mil para 25 mil).
“O crescimento de empregos na ind�stria nacional foi compensada pela perda [de postos de trabalho] na de importados”, disse Padovan, referindo-se ao melhor desempenho de vendas dos ve�culos nacionais, beneficiados pela redu��o do IPI.
O recolhimento de impostos gerados pela venda de carros importados tamb�m poder� sofrer queda de 40%, passando de R$ 6 bilh�es para R$ 3,6 bilh�es.
Padovan demonstrou preocupa��o com o cen�rio, mas disse que ainda espera que o governo traga uma solu��o at� o final do m�s. De acordo com ele, o Minist�rio da Fazenda estuda medidas de auxilio, que podem ir de cotas fixas de ve�culos importados - sem o aumento do IPI - a isen��o do pagamento do imposto.
Embora represente uma fatia pequena do mercado de autom�veis no Brasil (no m�s de junho, somou apenas 3,3% dos emplacamentos), Padovan defende que a presen�a dos importados trazem uma competi��o saud�vel. “Estabelecemos padr�es de tecnologia e inova��o, incentivando a ind�stria nacional a investir”, disse.