Cerca de 92% dos pisos salariais negociados em 2011 tiveram reajuste acima da infla��o medida pelo �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Os dados, divulgados nesta quarta-feira, s�o do Departamento Intersindical de Estat�stica e Estudos Socioecon�micos (Dieese), que utilizou na pesquisa amostra de 637 negocia��es de pisos salariais.
Em 2010, 95% dos pisos tiveram aumentos reais, 1% teve reajuste igual � varia��o do INPC e 4% ficaram abaixo desse �ndice.
“Muito dos pisos est�o referenciados no sal�rio m�nimo. O resultado da pol�tica de valoriza��o do sal�rio m�nimo acaba refletindo positivamente nas negocia��es dos pisos. Por exemplo, para 2012, n�o h� d�vida que o ganho que o sal�rio m�nimo teve no reajuste de 1º de janeiro, de 14%, se refletir� nas negocia��es”, disse o coordenador de Rela��es Sindicais do Dieese, Jos� Silvestre.
Nas negocia��es em 2011, o setor do com�rcio apresentou o maior quantidade de pisos com aumentos reais (95% das unidades de negocia��o analisadas). O setor industrial registrou alta acima da infla��o em 94% das negocia��es. No setor rural e nos servi�os, a propor��o de negocia��es com aumentos reais nos pisos � menor: 89% e 87%, respectivamente.
Os maiores pisos salariais registrados no levantamento em 2011 pertencem a acordos do segmento das comunica��es, publicidade e jornalismo; servi�os de sa�de; processamento de dados, metalurgia e ind�stria urbana – todos em valor acima de R$ 1,5 mil.
Em 2011, segundo o Dieese, o sal�rio m�nimo necess�rio (SMN) para cumprir a Constitui��o federal, variou entre R$ 2.194,18, registrado em fevereiro, e R$ 2.349,26, registrado em novembro. Ao longo do ano, o valor m�dio foi de R$ 2.272,45. Na m�dia, o SMN foi 4,18 vezes superior ao sal�rio m�nimo oficial.