O mercado financeiro continua com motivos para dirigir as aten��es prioritariamente para o cen�rio interno. Na semana passada, fortes interven��es no c�mbio e um recado da ata do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) consolidaram a percep��o de que a equipe econ�mica do Pa�s trabalha com piso de 9% para a taxa de juros b�sica, a Selic, e com uma banda cambial, que seria de R$ 1,70 a R$ 1,90. Mas a sexta-feira chegou ao fim com incertezas sobre qual o real valor desse piso cambial e isso vai merecer aten��es hoje e nos pr�ximos dias.
Se inicialmente havia consenso de que o piso para o d�lar era de R$ 1,70, observando as �ltimas atua��es do Minist�rio da Fazenda e os leil�es do Banco Central, aos poucos, alguns analistas come�aram a entender que h� uma inten��o de "puxar esse valor para R$ 1,80". "H� at� algumas semanas, eu achava que o governo estava satisfeito com o c�mbio a R$ 1,70. Mas de acordo com o padr�o de interven��o recente do BC esse n�mero est� pr�ximo de R$ 1,80. Ali�s, (para o BC) um pouco acima de R$ 1,80 � bom, qualquer coisa abaixo n�o � aceit�vel, essa � a minha impress�o," disse o chefe de economia e estrat�gia para o Brasil do Bank of America Merrill Lynch, David Beker, em entrevista � Ag�ncia Estado, durante um dos encontros paralelos na reuni�o anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que se realiza em Montevid�u.
Ao mesmo tempo em que o cen�rio dom�stico segue como prioridade para os investidores, os operadores avaliam que os fatores internacionais tendem a ganhar espa�o na defini��o das cota��es do d�lar ante o real. Com a percep��o de que a situa��o na Europa est� um pouco mais sob controle - hoje a Gr�cia recebe a primeira parcela do segundo empr�stimo dos organismos internacionais ao pa�s - o interesse maior � pelos dados da economia norte-americana.
O mercado vem trabalhando com a ideia de que a recupera��o econ�mica dos Estados Unidos est� se firmando e gostaria de ver isso confirmado a cada indicador. Na semana passada, o rumo das moedas foi fortemente influenciado por essa avalia��o e a forma��o das perspectivas para a pol�tica monet�ria do pa�s, ser�, com certeza, um fator determinante para o comportamento desses ativos nos pr�ximos dias, ao redor do mundo todo.