As press�es vindas do aumento da soja e do reajuste dos combust�veis devem prosseguir at� o fechamento de julho do �ndice Geral de Pre�os - Mercado (IGP-M), afirmou o coordenador de an�lises econ�micas do Instituto Brasileiro de Economia da Funda��o Get�lio Vargas (Ibre/FGV), Salom�o Quadros. A segunda pr�via do indicador, anunciada nesta quinta-feira, ficou em 1 11%, puxada pela infla��o no atacado, e a taxa n�o deve desacelerar no resultado do m�s.
"Mesmo que a soja tenha atingido o pico de alta, o aumento n�o vai se dissipar t�o cedo assim. E a alta dos combust�veis vai aparecer plena no IGP-M fechado de julho", avisou Quadros. "Sem falar que mais adiante j� tem outro reajuste do diesel anunciado ent�o a press�o vai durar at� o fim do m�s, um pouco mais."
O complexo soja - que inclui o gr�o, o farelo e os �leos refinado e in bruto - foi respons�vel por 0,84 ponto porcentual da taxa de 1,45% no �ndice de Pre�os ao Produtor Amplo (IPA-M) na segunda pr�via de julho.
"Mais da metade do IPA, 60%, foi s� do aumento no complexo soja" disse Quadros. "A soja quando sobe geralmente n�o vai sozinha, leva os derivados da cadeia produtiva. O aumento que est� acontecendo agora � efeito da seca nas regi�es produtoras dos Estados Unidos. A mesma coisa est� acontecendo com o milho, � problema clim�tico."
O milho teve impacto de 0,04 ponto porcentual no IPA-M, porque tem peso menor do que o da soja. Mas o gr�o saiu de um recuo de 3,98% na segunda pr�via de junho para uma alta de 1,55% na segunda pr�via deste m�s.
J� os combust�veis, a gasolina e o diesel, que foram reajustados pela Petrobras em 25 de junho, contribu�ram com 0,23 ponto porcentual para a infla��o no atacado, o equivalente a 16% da taxa do IPA-M. "Se juntar a soja e derivados, o milho e os combust�veis, isso d� quase 80% do IPA", disse o economista do Ibre/FGV.