A tr�gua dada pelo notici�rio europeu acabou e o ciclo de queda do d�lar ante o real, que durou cinco preg�es, encerrou-se nesta sexta-feira. A piora veio da Espanha, onde surgiu a not�cia de que a regi�o de Val�ncia pedir� ajuda financeira ao governo central. Tamb�m foi divulgada a revis�o para baixo da estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) espanhol em 2013, de 0,2% para -0,5%. Al�m disso, a classifica��o de risco do pa�s foi rebaixada pela sexta vez desde abril, pela ag�ncia norte-americana Egan-Jones, uma pequena, mas conhecida concorrente das tr�s maiores ag�ncia de rating do mundo - Moody's, Standard e Poor's e Fitch. Tudo isso ocorreu um dia ap�s o povo espanhol demonstrar publicamente seu descontentamento com a pol�tica de conten��o de gastos, em grandes manifesta��es ocorridas em v�rias cidades do pa�s.
As informa��es negativas abafaram o resultado favor�vel da teleconfer�ncia dos ministros de Finan�as da zona do euro, o Eurogrupo, que aprovaram o resgate aos bancos espanh�is de at� � 100 bilh�es. A ajuda ser� fornecida pela Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em ingl�s) at� que o Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, em ingl�s) esteja dispon�vel. Os empr�stimos ter�o vencimento em at� 12 anos e meio, sendo que os desembolsos individuais ter�o vencimento m�ximo de 15 anos. A primeira parcela est� prevista em � 30 bilh�es.
"O cen�rio externo piorou e hoje � sexta-feira. Portanto a palavra de ordem foi a cautela. O d�lar s� engatou cinco preg�es de queda porque havia uma tr�gua no exterior que foi interrompida hoje", disse o operador da Interbolsa Brasil, Ov�deo de Pinho Soares, ressaltando que o comportamento da moeda norte-americana no mercado dom�stico seguiu o rumo registrado pela moeda tamb�m no exterior.
O euro, que j� vinha apresentando performance pior do que outras moedas, foi �s m�nimas em dois anos, cotado a US$ 1,2144. Pouco depois das 17h, ca�a para US$ 1,2163, de US$ 1,2280 ontem. O comportamento da moeda �nica hoje contaminou e prejudicou o desempenho das principais moedas emergentes.
O real foi uma das penalizadas e, no fechamento, o d�lar registrou alta de 0,45%, a R$ 2,025, no mercado � vista de balc�o. Na BM&F, o d�lar � vista encerrou o preg�o a R$ 2,020, com alta de 0,05%, mas somente um neg�cio foi fechado. O d�lar futuro agosto mostrava valoriza��o de 0,52%, a R$ 2,275, �s 17h20.