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Estado de Minas

Crise na Espanha se acentua, mas governo rejeita resgate


postado em 23/07/2012 12:26

A Espanha, imersa em uma crise sem precedentes e em um cen�rio de forte descontentamento social, se mostrava incapaz nesta segunda-feira de devolver a confian�a aos mercados, que apostam na necessidade de resgate do pa�s apesar de o governo descartar essa possibilidade.

"A Espanha � um pa�s solvente, o que permitir� que as dificuldades sejam superadas", afirmou nesta segunda-feira o ministro de Economia espanhol, Luis de Guindos, ante a comiss�o econ�mica da C�mara dos Deputados, onde explicou o plano de ajuda europeu aos bancos do pa�s, medida que foi formalmente adotada na sexta-feira.

De Guindos voltou assim a descartar a exist�ncia de um plano global de resgate para seu pa�s, apesar do aumento dos temores dos mercados, que geram brusca queda na Bolsa de Madri e que elevaram a taxa de risco espanhola a novos patamares hist�ricos.

"A Espanha possui capacidade de crescimento e n�o tem os problemas de outros pa�ses resgatados e por isso n�o vai ser resgatada", disse o ministro ante a comiss�o econ�mica da C�mara dos Deputados.

O ministro atribuiu a incerteza e a volatilidade ao comportamento irracional dos mercados, "problema esse que vai al�m da capacidade dos governos", disse, em alus�o � necessidade de que o Banco Central Europeu compre d�vida dos pa�ses em dificuldades no mercado secund�rio, como Espanha e It�lia.

No s�bado, o ministro de Assuntos Exteriores, Jos� Manuel Garc�a-Margallo, pediu ao Banco Central Europeu para que compre d�vida espanhola para colocar fim � especula��o dos mercados contra o pa�s.

Para diminuir a especula��o, a autoridade reguladora espanhola proibiu a partir desta segunda-feira, durante tr�s meses, as vendas a descoberto. A It�lia seguiu o mesmo caminho, mas as proibiu apenas para as a��es de bancos e companhias de seguros e apenas por uma semana.


A venda a descoberto (short selling, em ingl�s) � uma ferramenta de venda de um ativo financeiro ou derivativo que n�o se possui, esperando que seu pre�o caia para ent�o compr�-lo de volta e lucrar na transa��o.

A Espanha se encontra nesta segunda-feira no olho do furac�o, com o mercado n�o dando o menor cr�dito � ajuda da Eurozona aos bancos do pa�s de 100 bilh�es de euros, firmada oficialmente na sexta-feira.

O pessimismo do mercado ficou ainda maior ap�s o an�ncio feito na sexta-feira pela Comunidade de Val�ncia, uma das 17 comunidades aut�nomas mais endividas, de que a regi�o precisar� de ajuda financeira do Estado para pagar suas d�vidas.

"Os mercados sabem que outras regi�es devem fazer o mesmo, o que amplia a probabilidade de o pa�s pedir um resgate", resumiu Christian Schulz, analista do Berenberg Bank.

A desconfian�a dos mercados pressionava a taxa de risco espanhola - a diferen�a paga pela emiss�o de t�tulo da d�vida a dez anos com rela��o aos t�tulos alem�es - que se situava a 634 pontos pela tarde, enquanto que o rendimento exigido no mercado secund�rio se elevava a 7,48%, o mais alto desde a cria��o da zona do euro e um n�vel insustent�vel para a solv�ncia do pa�s.

A Bolsa de Madri, por sua vez, apresentava forte queda, com o Ibex 35 apresentando chegando a apresentar recuo de mais de 5%, ap�s o fechamento em baixa de 5,82% na sexta-feira.

Para piorar ainda mais a situa��o dos mercados, o Banco da Espanha anunciou a acelera��o da recess�o no segundo trimestre, com uma contra��o do PIB de 0,4%, contra 0,3% nos dois trimestres anteriores.

O descontentamento social se amplia na mesma medida em que os �ndices recuam. Os sindicatos exigem um referendo sobre o plano de austeridade do governo, que prev� uma alta do IVA e a supress�o do pagamento de sal�rios extras de Natal, al�m de outras medidas destinadas a economizar 65 bilh�es de euros at� 2014.

Com isso, centenas de funcion�rios voltaram �s ruas para protestar.

A oposi��o de esquerda duvida da efic�cia do plano de ajuda aos bancos e � contra novos cortes, que se somam aos contemplados no or�amento de 2012.


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