O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou nesta segunda-feira que o Brasil atravessa "uma t�pica desacelera��o c�clica" e pela primeira vez em muitos anos o Pa�s passa por um ciclo de neg�cios. A declara��o foi dada em uma teleconfer�ncia com a imprensa estrangeira.
Tombini voltou a afirmar que o crescimento econ�mico deve se acelerar na segunda metade deste ano, acrescentando que est� confort�vel com essa vis�o. "J� existem alguns sinais de crescimento mais forte no segundo semestre", comentou, apontando que j� houve "alguma acelera��o" nos novos empr�stimos em junho.
Ele argumentou que o mercado de trabalho continuar� "muito forte", e que o elevado n�vel de empregos e sal�rios d� suporte para a economia, elevando a demanda dom�stica e favorecendo a ind�stria local, que j� registrou uma redu��o nos estoques nos �ltimos meses.
Mas Tombini tamb�m apontou para os riscos criados pela crise no exterior, que gera um elevado grau de incerteza e pressiona o crescimento, apesar de indicar desinfla��o. O presidente do BC disse que a converg�ncia da infla��o para a meta de 4,5% ainda � poss�vel este ano, e que a proje��o de infla��o para 2013, de 5% n�o restringe a pol�tica monet�ria, neste momento. "O resultado do IPCA-15 (divulgado na semana passada) � compat�vel com a meta do Banco Central", comentou.
Ele disse ainda que o governo n�o abandonou a estrat�gia de acumula��o de reservas internacionais, afirmando que esse processo ser� retomado quando as condi��es de mercado permitirem. O presidente do BC defendeu o regime de c�mbio livre argumentando que essa � "a primeira linha de defesa" para que o Pa�s possa absorver choques globais. Tombini comentou que o real mais fraco j� est� ajudando a ind�stria, e acrescentou que o governo s� interv�m nos mercados de c�mbio quando eles est�o funcionando mal, e que vai voltar a faz�-lo se necess�rio.
Tombini afirmou ainda que o Pa�s continua sendo um destino muito forte para o investimento estrangeiro direto (IED), que ser� mais do que suficiente para cobrir o d�ficit em conta corrente este ano. "Espero que IED continue evoluindo favoravelmente".