A inadimpl�ncia come�ou a bater �s portas da ind�stria. Segundo a Sondagem Industrial divulgada nesta ter�a-feira pela Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), o problema ficou em sexta coloca��o no segundo trimestre para os empres�rios que atuam em companhias de pequeno porte; em s�timo, para as de m�dio; e em nono, para as de grande. A constata��o � obtida pela cita��o de tr�s dos principais obst�culos para a empresa no momento.
No caso dos executivos das empresas menores, a inadimpl�ncia foi citada por 23,9% dos entrevistados em 1.957 ind�strias dos dias 2 a 13 de julho. Ao final do primeiro trimestre, o problema havia sido apontado por 19,7% deles e, no fim de 2011, por 18 9%. No caso das m�dias empresas, o calote tornou-se uma dor de cabe�a para 17,7% ante 16,6% visto ao final do primeiro trimestre e 12,2% no encerramento do ano passado.
Apesar de ser uma preocupa��o menor entre as maiores empresas, a inadimpl�ncia ganhou posi��es nos �ltimos meses. Era apontada como um obst�culo por 6,7% dos entrevistados ao final de 2011 e subiu para 7,4% no encerramento do primeiro trimestre, atingindo a marca de 11,1% no fim do semestre passado.
"Com a maior dificuldade de cr�dito, os ofertantes ficaram mais cautelosas com inadimpl�ncia", disse o gerente executivo de pesquisa da CNI, Renato Fonseca. "Sem d�vida, a ind�stria est� reclamando mais, a inadimpl�ncia � geral, mas as pequenas e m�dias sentem mais porque possuem menos acesso a cr�dito."
Fonseca mencionou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) criou uma linha espec�fica para capital de giro para aumentar oferta durante a crise, o que ajudou o setor. Ele salientou, por�m, que as empresas tamb�m captam de bancos privados e o temor em obter recursos no exterior est� maior. "Est� mais dif�cil conseguir cr�dito", resumiu.
No caso de ve�culos, o executivo comentou que a inadimpl�ncia se restringe aos bancos que financiam autom�veis e, portanto, o problema deve afetar menos o setor produtivo. A grande quest�o para o segmento, na opini�o dele, � que, apesar do boom de vendas com a redu��o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), os estoques n�o est�o diminuindo.