A greve dos caminhoneiros deve come�ar a afetar o abastecimento dos supermercados do Rio de Janeiro a partir de amanh�. A previs�o � do presidente da Associa��o dos Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), Aylton Fornari. A situa��o, segundo ele, � mais grave na regi�o porque 80% dos alimentos consumidos pela popula��o vem de outros Estados. "Estamos muito preocupados. O governo tem que agir logo. Esse � um problema s�rio. Se isso n�o se resolver hoje, a partir de amanh� come�a a ter problemas no Rio de Janeiro", afirmou.
O movimento grevista foi iniciado na quarta-feira passada para contestar as novas regras de descanso nas jornadas. Fornani explica que o abastecimento deve atingir menos os hortigranjeiros. O c�lculo � que metade dessa produ��o venha da regi�o serrana do Rio, ainda n�o afetada pela greve. No entanto, o presidente da Asserj alerta que, se os caminh�es na serra tamb�m aderirem �s manifesta��es, o problema vai tomar propor��es ainda maiores. Menos ap�s o fim da greve, ele revela que o abastecimento tende a levar de 3 a 4 dias para se normalizar. "Os caminh�es come�am a chegar ao mesmo tempo e os supermercados t�m dificuldades para conseguir conferir e distribuir todas as mercadorias", disse.
J� sobre pre�os, Fornari alega ainda n�o ter sentido nenhum impacto da greve, mas admite que se os fornecedores tiverem muitos preju�zos, eles devem acabar repassando para os pre�os e isso vai acabar na conta do consumidor.
O presidente da Federa��o do Transporte de Cargas do Estado do Rio (Fetranscarga), Eduardo Rebuzzi, que at� ontem considerava prematuro se falar em desabastecimento, afirmou hoje que a continuidade da manifesta��o come�a a causar o problema. Mas alerta para a possibilidade o problema virar motivo para especula��o em cima dos pre�os dos alimentos. "A� vem a especula��o tamb�m. Os aproveitadores enxergam uma situa��o para obter ganho".
Rebuzzi condenou a forma como a manifesta��o est� sendo conduzida e cobrou uma resposta das autoridades. "Infelizmente a autoridade p�blica n�o est� sendo exercida. N�o se pode admitir que as pessoas queiram passar e sejam amea�adas com fac�o na rodovia", criticou.
As manifesta��es de caminhoneiros na Via Dutra causaram congestionamentos nos dois sentidos da rodovia hoje pela manh�. Na pista S�o Paulo-Rio, houve lentid�o em tr�s trechos, num total de quase 20 quil�metros, de acordo com boletim divulgado �s 10h pela concession�ria CCR Nova Dutra. Quem se desloca da capital fluminense em dire��o a S�o Paulo encontrou engarrafamentos em dois pontos, somando 12 quil�metros.
Segundo a concession�ria, h� caminh�es estacionados no acostamento e na faixa direita da rodovia; a faixa esquerda est� liberada para passagem de carros de passeio, �nibus e ve�culos de emerg�ncia.
A manifesta��o atrapalhou as chegadas de �nibus vindos de S�o Paulo ao Rio. De acordo com a rodovi�ria Novo Rio, ontem pela manh� os atrasos chegaram a oito horas, mas diminu�ram para quatro � tarde. A Via��o 1001, uma das empresas que opera no trecho, informou que os atrasos na linha foram de aproximadamente duas horas, em m�dia. Ainda n�o h� informa��es dispon�veis sobre o movimento no terminal hoje.