Continua em diversas estradas do Pa�s o protesto de caminhoneiros, que j� dura sete dias, contra novas determina��es da Ag�ncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A rodovia mais afetada na tarde desta ter�a-feira � a Presidente Dutra, bloqueada em diversos pontos desde domingo. Neste momento, tr�s pontos s�o alvos de manifesta��es no sentido Rio, na altura das cidades de Barra Mansa, Porto Real e Resende, causando um total de 19 quil�metros de lentid�o. No sentido S�o Paulo, as interdi��es ocorrem na Serra das Araras e em Barra Mansa, gerando fila de 13 km.
No sentido da capital fluminense, os protestos ocorrem nos seguintes trechos: Barra Mansa, do km 273 ao km 287; Resende, do km 302 ao 306; Porto Real, do km 290 ao km 291. O trecho de Silveiras, entre os quil�metros 24 e 25, chegou a ser fechado, mas foi liberado pela manh�. No sentido S�o Paulo, h� interdi��o na Serra das Araras, do km 227 ao km 228, e em Barra Mansa, km 264 ao km 276.
Caminhoneiros que tentam furar os bloqueios s�o amea�ados pelos manifestantes - h� registro de ve�culos que foram alvos de pedradas e imagens mostrando motoristas amea�ando colegas com fac�es. Na tarde de segunda-feira, um homem morreu atropelado ao tentar parar um �nibus na BR-369, na altura de Mambor�, no interior do Paran�.
Tamb�m h� registros de protestos e pistas parcialmente interditadas em quatro estradas federais de Santa Catarina, de acordo com a Pol�cia Rodovi�ria Federal do Estado. A BR-282 tem bloqueios nos quil�metros 605 (Maravilha), 406 (Catanduvas), 645 (S�o Miguel do Oeste). A BR-158 est� bloqueada no km 110, altura de Cunha Por�, e a BR-163 no km 121, em Dion�sio Cerqueira. Os protestos em SC ocorrem desde domingo, segundo a PRF.
Outros bloqueios ocorreram em Minas Gerais, no Esp�rito Santo e na Bahia, desde a semana passada.
Regulamenta��o
A categoria protesta contra os baixos valores dos fretes, a falta de seguran�a nas estradas, o pre�o do combust�vel, dos ped�gios e contra uma s�rie determina��es impostas pela ANTT. Uma das mais criticadas � a obrigatoriedade de descanso por meia hora a cada quatro horas trabalhadas.
Para o presidente de regional de Minas Gerais do Movimento Uni�o Brasil Caminhoneiro (MUBC), Jos� Ac�cio Carneiro, as imposi��es "acabaram de vez com a categoria". "O trabalhador paga para rodar. � obrigado a aceitar os fretes baixos, sen�o n�o tem dinheiro nem para o diesel", afirmou. O MUBC � uma das entidades sindicais � frente dos protestos.
Os caminhoneiros reclamam que n�o t�m como parar o ve�culo para os descansos de meia hora, porque as rodovias n�o possuem infraestrutura. Os caminh�es, segundo eles, teriam que ficar nos acostamentos, aumentando o risco de acidentes e deixando os condutores mais expostos a assaltos.