O governo recebeu com al�vio o acordo fechado na noite de ontem entre a General Motors (GM) e o Sindicato dos Metal�rgicos de S�o Jos� dos Campos sobre o futuro dos postos de trabalho da unidade da montadora na cidade do interior paulista. Ciente dos principais termos de negocia��o entre as partes j� na quarta-feira, quando obteve da empresa a garantia de que n�o iria demitir funcion�rios, o governo temia que um caso pontual acabasse arranhando a imagem positiva em rela��o � isen��o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para autom�veis, que est� em vigor desde maio. O incentivo dever� acabar no fim deste m�s.
"Existia uma preocupa��o adicional de que a situa��o da GM prejudicasse ou distorcesse toda a avalia��o do programa que tem sido bem sucedido", disse uma fonte pr�xima �s negocia��es. A isen��o do IPI ajudou a elevar as vendas do setor e levou o m�s de junho - e o do primeiro semestre do ano - a bater recorde de comercializa��o de ve�culos. Dados da Associa��o Nacional dos Fabricantes de Ve�culos Automotores (Anfavea) revelam que na primeira metade de 2012 foram vendidos 1.449.787 carros, 3% a mais do que no per�odo de janeiro a junho do ano passado.
Nessa mesma ter�a-feira, Mantega se reuniu com representantes da Anfavea e da GM. Na ocasi�o, mostrou-se satisfeito com o desempenho da f�brica at� ali. No dia seguinte, por�m, com o clima de que as demiss�es na f�brica seriam inevit�veis, o ministro voltou a conversar com diretores da montadora para fazer cobran�as. Recebeu o compromisso da GM de que n�o haveria mais demiss�es naquela planta.
Foi nesse momento que a possibilidade de layoff (suspens�o tempor�ria) foi apresentada pela primeira vez ao governo, ainda de forma gen�rica. Ontem, a GM e o sindicato decidiram colocar 940 funcion�rios nesse tipo de f�rias coletivas at� 30 de novembro. Nesse per�odo, a montadora abrir� um programa de demiss�o volunt�ria para tentar reduzir o quadro de pessoal na f�brica.
Apesar desse compromisso, Mantega decidiu refor�ar sua posi��o publicamente na sexta-feira ressaltando que n�o iria tolerar o descumprimento do acordo - a isen��o do IPI pressup�e manuten��o dos empregos no setor. O ministro ficou satisfeito com a not�cia do acordo, obtido ap�s um dia inteiro de negocia��es entre as partes e a participa��o de v�rias esferas do governo, inclusive do federal, que foi representado pelo Minist�rio do Trabalho.