A Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel) avalia que haver� demanda para a realiza��o do leil�o A-3, que contratar� energia para ser fornecida a partir de 2015. Postergado duas vezes por falta de demanda, o leil�o est� previsto para outubro. A demanda ser� originada a partir do cancelamento de contratos de usinas t�rmicas que j� deveriam estar em opera��o, mas que nunca sa�ram do papel, principalmente dos grupos Bertin e Multiner.
"Agora, com cen�rio mais claro do que n�o vai entrar, com as cassa��es das outorgas que procedemos, eliminamos as contrata��es que n�o tinham lastro - s� contratos de papel. A tend�ncia � de que haja necessidade de contrata��o", disse o diretor da Aneel Juli�o Silveira Coelho, nesta segunda-feira, ap�s participar do 13º Encontro Internacional de Energia, em S�o Paulo.
De acordo com Coelho, durante a reuni�o de diretoria da ag�ncia desta ter�a-feira, dever�o ser analisados mais dois pleitos do Bertin com rela��o a seus projetos t�rmicos: a mudan�a de localiza��o de uma de suas usinas e a revoga��o amig�vel dos contratos de uma outra. "Com isso, a partir da semana que vem, poderemos dar in�cio � execu��o de garantias e cassa��es de outorgas", disse, explicando que o Bertin possui uma liminar que exige que se julgue 12 pleitos do grupo para ent�o iniciar a avalia��o da cassa��o de outorga e execu��o de garantias.
As garantias somam cerca de R$ 500 milh�es, considerando todas as suas usinas, o que ultrapassa 20 t�rmicas, todas pass�veis de revoga��o por estarem atrasadas. Desse total, quatro podem ter revoga��o "amig�vel", caso o Bertin entre em acordo com as distribuidoras que possuem contratos com essas usinas e atenda outras condi��es. Outras seis t�rmicas j� tiveram suas obras iniciadas e podem permanecer com o grupo, caso decidam aceitar condi��es exigidas pela Aneel, embora seus contratos tenham sido rescindidos na C�mara de Comercializa��o de Energia El�trica (CCEE). "Ainda n�o temos muita clareza sobre a real inten��o do grupo", disse Coelho.