As tarifas a�reas, em m�dia, quase dobraram de pre�o na primeira quadrissemana de agosto (de 8 de julho ao dia 7 do m�s em quest�o) em rela��o ao per�odo imediatamente anterior, no �mbito do �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC) da Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas (Fipe). As passagens de avi�o subiram 6,26% na primeira leitura do m�s, depois de um aumento de 3,56%.
A acelera��o impulsionou uma alta maior do grupo Despesas Pessoais na primeira quadrissemana na compara��o com a medi��o passada (de 0,33% para 0,52%) e tamb�m superior � prevista pelo coordenador do IPC, Rafael da Costa Lima, de 0,46%. "O movimento ainda reflete a demanda maior por causa das f�rias de julho, que demorou para acontecer", avaliou, em entrevista � Ag�ncia Estado na sede do Funda��o nesta quinta-feira para comentar o resultado dentro do esperado do IPC da primeira medi��o do m�s, que ficou em 0,16%, ante 0,13% no fechamento de julho.
O item passagem a�rea foi o que apresentou a terceira maior contribui��o para o aumento do IPC, respondendo por 19,16% do �ndice cheio. A lideran�a do ranking de alta dos itens que mais contribu�ram para o �ndice voltou a ficar com o tomate, que subiu 37,43% (com participa��o de 46,10%), frente a um aumento suavemente menor na quarta quadrissemana do m�s passado, de 37 73%. O segundo lugar da lista, com 41%, ficou com contrato de assist�ncia m�dica (de 0,80% para 1,00%). "Foi o vil�o do grupo Sa�de (de 0,39% para 0,54%). A coleta mostra que os meses de julho e agosto t�m uma grande quantidade de contratos que fazem anivers�rio nesse per�odo", explicou.
Al�m da infla��o mais elevada em Despesas Pessoais, o grupo Habita��o - que tem o maior peso do IPC, de 30,94%, - acelerou o ritmo de alta na primeira quadrissemana de agosto em rela��o � anterior (de 0,09% para 0,16%) e impediu um al�vio maior dos pre�os na cidade de S�o Paulo. O motivo principal da acelera��o, segundo Costa Lima, foi a alta de 0,44% da conta de luz no per�odo.
"O reajuste em energia el�trica por conta do PIS/Cofins est� anulando a redu��o na tarifa determinada h� alguns meses", disse, referindo-se ao fato de que os pre�os de energia, que vinham recuando, influenciados pela determina��o de revis�o tarif�ria da Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel) para a Eletropaulo, passaram a subir, em fun��o das determina��es peri�dicas que a mesma ag�ncia fez para o PIS/Cofins da distribuidora.
Tamb�m ajudou a puxar o grupo Habita��o para cima a queda menos intensa do combo (TV + internet + telefone), de -7,76% na quarta quadrissemana de julho para -3,96% na primeira de agosto. "Num sinal de que a promo��o feita anteriormente estaria j� sendo dilu�da", disse.
Em rela��o ao conjunto de pre�os de Alimenta��o, que subiu 0,34% ante 0,53%, o coordenador da Fipe ressaltou que a acelera��o na queda de alguns produtos e a desacelera��o na alta de outros ajudaram a minimizar a infla��o aliment�cia na primeira quadrissemana de agosto. Dentre os produtos em baixa, ele citou o feij�o, que caiu 10,00% (de -7,41%). "� uma queda importante, mas ainda n�o anula as altas acumuladas no ano nem em 12 meses. Indica que a oferta est� voltando ao normal", afirmou. De janeiro at� julho, o gr�o acumula valoriza��o de 37,02% e de 56 99% nos �ltimos 12 meses terminados em julho, de acordo com a Fipe.
Do lado oposto, Costa Lima destacou que tr�s itens aliment�cios ainda figuraram entre as maiores contribui��es de alta do IPC na primeira quadrissemana. Foram eles: arroz (2,01%), refei��o (0 79%) e frango (1,38%). "N�o d� para prever que Alimenta��o ir� desacelerar mais fortemente, pois ainda n�o est� claro como ser� e quando chegar� o reflexo do aumento dos gr�os no mercado internacional sobre os alimentos. Mas deve ocorrer. O pre�o das aves j� est� sendo atingido", disse. As aves sa�ram de defla��o de 0,27% para taxa positiva de 1,41% na primeira leitura do m�s.
Rafael da Costa Lima tamb�m chamou a aten��o para a defla��o menor apresentada no grupo Vestu�rio (de -0,63% para -0,33%) na primeira leitura de agosto. "Foi um recuo menos intenso, j� que os pre�os de cal�ados subiram (de -0,22% para 1,22%), enquanto os demais permaneceram em baixa", avaliou.
Tamb�m no campo negativo continuou o grupo Transportes (de -0 36% para -0,32%), mas o economista disse que � cada vez menor a influ�ncia da redu��o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre os pre�os. O item autom�vel novo, apesar de ter apresentado a maior contribui��o de baixa, diminuiu o ritmo na primeira quadrissemana do m�s para 2,06%, depois de cair 2,83%.