O ministro da Fazenda, Guido Mantega, deve anunciar na quinta-feira o in�cio da segunda rodada de libera��o de gastos nos Estados. Pelo menos 10 governadores receber�o autoriza��o do Tesouro Nacional para contratarem empr�stimos com bancos oficiais ou organismos internacionais para financiar obras em �reas como infraestrutura, saneamento e mobilidade urbana. Com a dificuldade em fazer deslanchar os investimentos no Pa�s, o governo quer estimular os gastos pelos Estados e pela iniciativa privada. A autoriza��o para os governos estaduais deve vir um dia depois do an�ncio pela presidente Dilma Rousseff de um plano de concess�es para obras em estradas e ferrovias.
A primeira leva para os Estados ocorreu no fim do ano passado, quando o Tesouro autorizou os governadores a contratarem R$ 40 bilh�es para realizar investimentos. A nova permiss�o, assim como em 2011, � uma estrat�gia do governo para gerar um movimento antic�clico para enfrentar os efeitos da crise internacional no ritmo do crescimento da economia brasileira.
A nova folga financeira ter� impacto, sobretudo, nas finan�as p�blicas em 2013, quando o governo e o mercado ainda t�m d�vidas sobre o ritmo em que a economia estar� rodando. Mantega tem argumentado que os Estados contemplados est�o com as contas em dia e, por isso, se habilitaram a ter um cr�dito maior. Neste sentido, tem afirmado o ministro, a possibilidade de maior endividamento dos Estados n�o amea�a a situa��o fiscal do Pa�s. Se os Estados n�o cumprirem a parte deles na meta de super�vit prim�rio, como aconteceu em 2010, aumenta o esfor�o para o governo federal, que ter� que cobrir a diferen�a.
O Tesouro controla a capacidade de financiamento dos Estados e dos munic�pios que assinaram acordos de renegocia��o de d�vidas com a Uni�o. Eles s�o obrigados a seguir um Programa de Ajuste Fiscal (PAF). Para ganharem mais limites para novos empr�stimos, precisam estar dentro das metas fixadas nos contratos com o Tesouro. Esta an�lise � feita anualmente pela equipe econ�mica.