Nesta v�spera de vencimento de �ndice futuro e de op��es sobre o Ibovespa, a Bolsa brasileira deve seguir no rastro dos mercados internacionais, onde o sinal positivo prevalece ap�s dados econ�micos europeus e norte-americanos em linha ou melhores que o esperado. Por�m, o f�lego de alta dos neg�cios locais � cada vez mais curto, diante da proximidade de resist�ncias fortes entre os 59 mil e os 60 mil pontos. A safra de balan�os dom�sticos tende a agu�ar o vaiv�m do preg�o e atingir as a��es das companhias, pontualmente.
Por volta das 10h05, o Ibovespa subia 0,16%, aos 59.216,76 pontos. No mesmo hor�rio, em Nova York, o futuro do S&P 500 crescia 0,37%, acelerando os ganhos ap�s o crescimento acima do esperado das vendas no com�rcio varejista dos Estados Unidos em julho, de +0,8%, de uma previs�o de +0,2%. Excluindo autom�veis, as vendas cresceram iguais 0,8%, de uma previs�o de +0,3%.
Do lado da infla��o, os pre�os no atacado dos EUA subiram 0,3% no m�s passado ante junho, dentro do esperado, mas o n�cleo do indicador subiu 0,4%, na mesma base de compara��o, de uma previs�o de +0,2%. Ainda na agenda econ�mica norte-americana, �s 11 horas, saem os estoques das empresas em junho e, �s 17h30, � a vez do relat�rio semanal do API sobre os estoques de petr�leo bruto e derivados no pa�s.
Segundo um operador da mesa de renda vari�vel de uma corretora paulista, os n�meros anunciados sobre a economia dos EUA potencializaram a alta j� verificada nos mercados internacionais, que amanheceram animados com os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) na zona do euro e em pa�ses da regi�o da moeda �nica no segundo trimestre deste ano.
Enquanto os economistas esperavam crescimento de 0,2% para o PIB alem�o ao final de junho, a expans�o registrada no pa�s foi de 0,3%, em rela��o ao primeiro trimestre de 2012. Na Fran�a, a economia ficou estagnada, mas superou as estimativas de contra��o de 0,1% ante os primeiros tr�s meses do ano. J� a zona do euro segue � beira da recess�o, ao mostrar contra��o de 0,2% entre abril e junho, ap�s ficar est�vel entre janeiro e mar�o. Ainda no hor�rio acima, a Bolsa de Frankfurt avan�ava 0,78%.
"O suspiro da atividade na Europa anima um pouco o mercado, que faz uma leitura positiva dos n�meros", comenta o profissional citado acima, que falou sob a condi��o de n�o ser identificado. Para ele, os investidores v�o �s compras, realimentados pelas esperan�as de est�mulos econ�micos por parte do Banco Central Europeu (BCE).
Por aqui, por�m, esse impulso vindo do exterior tende a ser mais moderado j� que a Bolsa segue pr�xima � regi�es de forte resist�ncia, apenas um dia antes do vencimento de �ndice futuro, que deve garantir uma "briga boa" entre "comprados" e "vendidos".
Segundo an�lise gr�fica da Um Investimentos, o Ibovespa testa for�as para superar a m�dia m�vel de 200 per�odos (MM200), ao redor dos 59,5 mil pontos, al�m do n�vel psicol�gico dos 60 mil pontos, que sugere uma mudan�a de patamar para a renda vari�vel brasileira. J� dados atualizados at� ontem pela BM&F Bovespa mostram que os investidores estrangeiros reduziram a aposta na alta em �ndice futuro, ao passo que os institucionais diminu�ram a estrat�gia de baixa no derivativo.
Ainda internamente, a temporada de balan�os do segundo trimestre termina amanh�, mas hoje nada menos que 36 empresas apresentam seus resultados financeiros, a maioria depois do fechamento do mercado. Os destaques dos n�meros j� divulgados nesta manh� ficaram para Banco do Brasil e Gol, al�m das construtoras PDG Realty e Cyrela Realty.
O banco p�blico divulgou lucro l�quido de R$ 3 bilh�es entre abril e junho de 2012, resultado que ficou 9,48% acima da m�dia das expectativas de analistas consultados pela Ag�ncia Estado. J� a companhia a�rea viu seu preju�zo l�quido crescer 99%, totalizando R$ 715 milh�es. O resultado foi 65% pior que a m�dia prevista por institui��es ouvidas pela AE e foi, conforme esperado, provocado pelo efeito negativo da varia��o cambial nos custos da empresa.