O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo deve "gradualmente", continuar incluindo outros setores nas medidas de desonera��es em folha de pagamento, que neste ano somar�o R$ 45 bilh�es. Nesta conta entram as redu��es do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), os cortes da Contribui��o de Interven��o no Dom�nio Econ�mico (Cide), al�m das desonera��es da folha de pagamento de 15 setores produtivos, que tiveram in�cio no come�o deste m�s.
O ministro disse ainda que as empresas est�o sendo desoneradas em outros R$ 7 bilh�es por meio do cr�dito pr�mio de PIS/Cofins. Questionado sobre os pr�ximos passos em rela��o aos benef�cios fiscais, ele disse apenas que antes ser�o analisados os efeitos iniciais dessas desonera��es. Sobre as perspectivas de redu��o de custo de energia, especialmente para o setor industrial, o ministro afirmou que a quest�o est� em estudo no governo.
Ao mesmo tempo, no que diz respeito ao c�mbio, Mantega negou a exist�ncia de pol�ticas que tornem a moeda mais competitiva. Segundo ele, "a principal medida cambial � a redu��o da taxa Selic", disse, ao explicar que esse ciclo de queda do juro b�sico permitiu a redu��o do n�vel de arbitragem e, consequentemente, do fluxo excessivo de capital especulativo.
Concess�es
Mantega disse discordar da avalia��o de alguns economistas de que o pacote de concess�es anunciado neste semana pelo governo, tratado por ele como Parcerias P�blico-Privadas (PPPs), s� ter� efeito em 2014. "O programa de investimentos � de longo prazo, mas tem efeitos tamb�m no curto prazo, especialmente sobre as expectativas".
Na avalia��o de Mantega, as decis�es de investimento das empresas s�o influenciadas por este grande pacote de projetos. De acordo com o ministro, n�o h� projetos dispon�veis no mercado internacional que sejam t�o interessantes para os investidores. Questionado sobre qual seria a taxa de retorno desses investimentos, afirmou que a rentabilidade real � de 10% a 11%.
O ministro voltou a defender que este programa de log�stica n�o � uma privatiza��o. "Andaram falando por a� em privatiza��o, mas este programa � uma Parceria P�blico-Privada com titularidade do setor p�blico", afirmou.