O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse agora h� pouco em S�o Paulo que, se as institui��es financeiras do setor privado n�o adotarem “uma a��o ousada” para oferecer mais cr�dito a juros cada vez menores, “v�o comer poeira dos bancos p�blicos”. O ministro participou hoje na cidade de um encontro nacional de superintendentes do Banco do Brasil.
Segundo o ministro, n�o vai faltar dinheiro p�blico para estimular as opera��es de cr�dito destinadas a consumo e capital de giro. Ele disse que s� o Banco do Brasil injetou no mercado R$ 35 bilh�es de cr�dito no segundo trimestre. Mantega ainda garantiu que tanto o BB quanto a Caixa Econ�mica Federal dever�o continuar a aumentar o cr�dito para estimular o crescimento do pa�s.
Mantega informou ainda que o governo pretende refor�ar a pol�tica de desonera��o fiscal com a previs�o de abrir m�o de um volume de R$ 45 bilh�es em receitas, at� o final do ano, equivalente a 1% do Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e servi�os gerados no pa�s. De outro lado, garantiu que haver� rigor na fiscaliza��o sobre a contrapartida, que � a manuten��o do emprego como fator de gera��o e de renda.
O ministro da Fazenda, no entanto, disse que o governo n�o se definiu sobre a prorroga��o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para autom�veis e eletrodom�sticos da linha branca – benef�cio que se encerra no dia 31 de agosto. Mantega disse que a quest�o ainda est� sendo avaliada.
A previs�o do ministro � que a economia cres�a 4% no quatro trimestre do ano. Na sua avalia��o, com a tend�ncia de continuidade na redu��o da taxa b�sica de juros, a Selic, o pa�s dever� desestimular a entrada de capital especulativo e abrir espa�o para o crescimento maior do capital para investimento direto.
Entre as novas modalidades de investimento no mercado de capitais, Mantega prev� est�mulo aos investidores em deb�ntures – um tipo de t�tulos privado. “Vamos ter um fluxo de capital externo principalmente em deb�ntures e outras aplica��es que hoje est�o perdendo dinheiro nos Estados Unidos e Europa. Aqui, as oportunidades s�o de conseguir taxas entre 6, 7 ou at� 8%, o que n�o se encontra em lugar nenhum”.