Parte dos 10 mil quil�metros de ferrovias que ser�o constru�das nos pr�ximos anos poder� ser utilizada para transportar passageiros. Para o diretor da Associa��o Nacional dos Transportadores Ferrovi�rios (ANTF), Rodrigo Vila�a, o novo modelo de concess�o apresentado pelo governo poder� despertar o interesse dos operadores em fazer o transporte de pessoas.
“� interessante para aqueles que quiserem investir. Nosso objeto de concess�o � de carga, mas com as linhas novas, o transporte ferrovi�rio de passageiros ser� uma quest�o natural, em virtude da tecnologia empregada na constru��o, manuten��o e opera��o dessa malha”, disse Vila�a � Ag�ncia Brasil.
Segundo ele, a nova tecnologia que ser� utilizada, com centros de controle, equipamentos e softwares espec�ficos, vai permitir que os trens circulem em uma velocidade maior com seguran�a. Enquanto os trens de carga circulam em uma velocidade m�dia de 80 quil�metros por hora (km/h), os trens de passageiros poder�o chegar a 150 km/h, com o modelo de bitola larga que ser� adotado.
Na �ltima quarta-feira, o governo federal anunciou que nos pr�ximos anos devem ser investidos R$ 91 bilh�es para a constru��o de 10 mil quil�metros de ferrovias. O modelo utilizado ser� o de parceria p�blico-privada, na qual o governo concede � iniciativa privada, por meio de licita��o, a constru��o da ferrovia, e depois compra a capacidade de opera��o. Em um segundo momento, o governo ir� oferecer essa capacidade para usu�rios privados e operadores independentes.
No dia do lan�amento, o ministro dos Transportes, Paulo S�rgio Passos, Passos, disse que as novas ferrovias poder�o servir para transportar passageiros, mas que isso vai depender da demanda e do interesse de empresas em oferecer o servi�o.
Para Vila�a, o Programa de Investimentos em Log�stica, que tamb�m prev� a concess�o de 7,5 mil quil�metros de rodovias, � um novo paradigma para a infraestrutura de transporte e log�stica do pa�s. Ele chama a aten��o, no entanto, para a necessidade de transpar�ncia na hora em que o governo for vender a capacidade de opera��o das novas linhas.